quinta-feira, 3 de maio de 2012

Apoiado na defesa, Timão supera tensão e empata com o Emelec

Mata-mata de Libertadores é sempre tenso para o Corinthians. Foi assim mais uma vez na noite desta quarta-feira, contra o Emelec, em Guayaquil, no Equador, pelas oitavas de final. Mas o empate por 0 a 0, com um jogador a menos (Jorge Henrique foi expulso), foi lucro para a equipe comandada pelo técnico Tite. Apesar de o resultado ser satisfatório, o treinador alvinegro e o presidente corintiano, Mário Gobbi, perderam a cabeça após a partida e detonaram a arbitragem e a organização da competição. O técnico abusou dos palavrões e o mandatário chegou a dizer que o Paulista é maior que a Libertadores.
 
Apesar das reclamações, o 0 a 0 pode ser considerado uma conquista. Em especial, pela eficiência do setor defensivo, principalmente do goleiro Cássio, substituto de Julio Cesar, de volta ao banco de reservas após falhas no Paulistão. É verdade que o Timão não fez uma grande partida, mas ao menos conseguiu segurar a pressão dos equatorianos, que também não tiveram um bom futebol.

Corinthians e Emelec voltam a se enfrentar, na partida de volta das oitavas de final da Taça Libertadores da América, na próxima quarta-feira, às 21h50m, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Novo empate por 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis. Empate com gols dá Emelec. Quem vencer fica com a vaga nas quartas.
Paulinho, Emelec x Corinthians (Foto: AP) 
Paulinho se protege da marcação do jogador do time equatoriano
 
Bola no alvo errado
Quando o destaque de uma partida é um bandeirinha, algo está errado com os 22 jogadores que disputam a bola dentro de campo. E foi assim no primeiro tempo do duelo entre Emelec x Corinthians. Fraca tecnicamente, a etapa inicial teve pouca emoção, muita reclamação e um lance curioso.

Aos 21 minutos, após dividida de Fábio Santos com Figueroa, na lateral esquerda, a bola acertou a região genital de um dos auxiliares. Na hora, ele levantou a bandeirinha, chamou o árbitro e pediu um tempo para se recuperar. Atletas de Corinthians e Emelec riram do problema.

Fora isso, o primeiro duelo das oitavas de final da Libertadores não deu emoção aos torcedores equatorianos e brasileiros. Pelo contrário, deu sono! Cauteloso, o Emelec se arriscou algumas vezes nas bolas aéreas, mas parou na boa marcação do Timão, que por sua vez tentou no contra-ataque e pouco levou perigo.

Willian tentou de cabeça, Emerson em chute da entrada da área, Jorge Henrique na correria... Mas nada assustou os equatorianos a ponto de tirar o fôlego da torcida.

Ao final do primeiro tempo, o clima esquentou um pouco por conta de algumas faltas mais duras. E na saída para o intervalo, Jorge Henrique, advertido com um cartão amarelo por revidar em um lance, esbravejou contra o árbitro.

- O juiz, além de ser fraco, é caseiro – resumiu o corintiano.

Emoção e tensão
A emoção que faltou no primeiro tempo marcou presença logo aos três minutos da etapa final, quando Giménez cruzou para a grande área. O zagueiro Achilier desviou de cabeça e obrigou Cássio a grande defesa. A resposta do Corinthians foi com boa jogada de Emerson, que avançou pela esquerda, fez fila e quase marcou.

Só que no lance seguinte, Jorge Henrique, que já tinha levado cartão amarelo no primeiro tempo, fez falta no meio de campo, levou o segundo e foi expulso. Rapidamente, o técnico Tite fez uma troca. Sacou o atacante Willian, que jogou na vaga do barrado Liedson, e mandou a campo o meia Alex.

Nervoso, o Corinthians levou mais dois cartões amarelos por pura bobeira. Danilo, por falta no meio, e Edenílson por reclamação. Do outro lado, o Emelec se empolgou com a vantagem no número de jogadores e se arriscou mais no ataque. Aos 17, por sinal, Valencia acertou o travessão em cobrança de falta.

Refém das bolas alçadas na área, o Emelec não conseguia aproveitar a vantagem que tinha. Principalmente porque o Corinthians se fechou bem no campo de defesa. O ponto alto da defesa corintiana foi mesmo Cássio.

E foi assim até o fim... Embora não tenha feito uma boa partida, o Timão cumpriu sua meta de não levar gols. Não fez aquele que tanto queria, é verdade, mas pela circunstância do jogo, em especial depois da expulsão de Jorge Henrique, o 0 a 0 com o Emelec, no Equador, foi ótimo.

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