Paulinho está com a Seleção
Dezembro será um mês de decisões no Corinthians. Não só pela disputa do
Mundial de Clubes, no Japão, mas também pela possível saída de alguns
titulares, principalmente o volante Paulinho. Enquanto o namoro com o
Inter de Milão recomeça, a diretoria do Timão reconhece que espera por
um assédio grande sobre o jogador após o torneio no Oriente.
A recusa da oferta de € 8,5 milhões (R$ 22,3 milhões) depois conquista
do título da Libertadores, em julho, não minou a esperança dos
italianos. Pelo contrário. Dirigentes do clube continuam em contato
frequente com representantes do atleta para tentar alinhavar o acordo.
Salários e tempo de contrato já não são mais empecilhos. Nas primeiras
conversas entre as partes, antes de anunciar a permanência no Timão,
Paulinho se mostrava balançado com o que receberia no Velho Continente.
No entanto, com o aumento salarial e a renovação até o fim de 2015,
optou por continuar no clube por, pelo menos, mais seis meses.
Internamente, os dirigentes corintianos admitem a dificuldade em
impedir a saída do marcador. O clube garante que ele ainda não está
negociado, mas sabe que os italianos aparecerão a qualquer momento com
uma nova oferta para tê-lo já no início de 2013, meio da temporada
europeia.
O Timão, porém, promete não facilitar, sobretudo depois de adquirir os
50% dos direitos que pertenciam ao Banco BMG por cerca de € 5 milhões
(R$ 13,1 milhões). O acordo está selado e depende apenas de assinaturas
para ser anunciado. A outra metade pertence ao Audax-SP, que ainda terá
de repassar uma parcela ao Bragantino, clube do qual ele foi contratado
em 2010.
Segundo o jornal italiano "Corriere dello Sport" do último sábado, os
italianos estão dispostos a pagar até € 15 milhões (R$ 39,4 milhões). O
Timão ficaria com R$ 19,7 milhões.
Paulinho deu indícios de que dificilmente ficará no Brasil após o
Mundial. Em algumas entrevistas, o jogador disse que só garantia a
permanência até o torneio e que depois analisaria as ofertas que
chegassem, priorizando clubes de maior expressão na Europa – ele já
rejeitou uma proposta do CSKA, da Rússia.
Mais do que o dinheiro que poderá receber na Europa, o volante
completará um ciclo vitorioso no fim do ano, passando pelos títulos
brasileiro e da Libertadores, além de chegar à seleção brasileira.
Vencer o Chelsea em uma possível decisão pode ser o passaporte
definitivo para atuar na Itália.
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