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Paulinho comemora o segundo gol do Corinthianslance capital25 do 1º tempo
Luan é expulso após dividida com Guilherme Andrade e deixa o Verdão com um a menos. Nervoso, é contido pelos companheiros. -
arbitragemRoubou a cena
Marcelo Aparecido de Souza deu dois amarelos a Luan: um por simulação e outro em jogada normal. Também advertiu Romarinho por festejar seu gol. -
decepçãoJoão Vitor
Volante errou ao perder a bola que originou o segundo gol do Timão e foi muito vaiado até ser substituído por Marcio Araújo, aos 30 do segundo tempo.
Mais que um jogo. Palmeiras x Corinthians costuma ser um campeonato à
parte. O vencedor volta para casa com sabor de título na boca. O
perdedor quer sumir. E, neste domingo, o Timão deixou o Pacaembu com a
sensação de ter empurrado ainda mais o Verdão na ladeira rumo à Segunda
Divisão. Uma ladeira que parece cada vez mais íngreme. Difícil de
subir...
A vitória por 2 a 0 foi técnica, tática, mas, principalmente, moral. O
Corinthians, que nada quer no Campeonato Brasileiro, além de uma
participação que honre o fato de ser o atual campeão, se comportava
tranquilamente, mas foi instigado a vencer pela reação desequilibrada de
Luan no gol de Romarinho, que comemorou em frente à torcida alviverde.
Uma torcida que cantou e vibrou enquanto foi possível, mas depois
sucumbiu e xingou no primeiro jogo após a demissão de Luiz Felipe
Scolari. Se a permanência do interino Narciso dependia só do resultado, a
diretoria terá de procurar um novo comandante.
Com um jogador a mais desde os 25 minutos do primeiro tempo, o Timão,
que já é mais time, inegavelmente, não teve maiores dificuldades em
somar mais uma vitória e chegar a 35 pontos, na nona colocação, e já
pensando no Mundial de Clubes, em dezembro. E qual é o rumo do Verdão?
Com 20 pontos, só não é o último colocado do Brasileirão porque tem uma
vitória a mais que o Atlético-GO. É difícil imaginar o Palmeiras na
Série A em 2013. O que foi apresentado nas 25 rodadas é pouquíssimo
diante do que precisa ser feito nas 13 restantes.
No próximo sábado, o confronto do time que, por enquanto, é comandado
por Narciso, será contra o Figueirense, rival na fuga do rebaixamento,
no Orlando Scarpelli. Já o Corinthians, domingo, no Engenhão, joga
contra o Botafogo, no Engenhão.
Douglas sofre com a marcação de Marcos Assunção
Tensão, confusão e Romarinho
Uma camisa linda, um bigode nem tão lindo assim no rosto de Valdivia,
um técnico novo com óculos de grau no lugar dos habituais óculos de sol.
O Palmeiras apostou em vida nova, com tudo diferente após a saída de
Luiz Felipe Scolari. Só o futebol não era novo. E o que dizer dos
nervos? Tudo parecia sob controle, com a equipe trocando bolas e até
chegando ao gol de Cássio, apesar de nenhuma jogada assim tão perigosa.
Perigo mesmo levou o Corinthians com a cabeçada de Paulinho após
cruzamento de Danilo, pasmem, com o pé direito! O ritmo do Timão era
mais lento, mas o que será que tem esse Romarinho? O cara que havia
acabado de chegar quando enfrentou o Palmeiras no primeiro turno e fez
dois gols. O cara que foi à Bombonera dar o primeiro passo para o título
da Libertadores. O cara que estava há oito jogos sem marcar... Que
estrela!
Após belo passe de Douglas para Martínez, Maurício Ramos conseguiu o
desarme, mas Juninho não se deu conta de que estava num campeonato à
parte. Tentou sair da área de cabeça baixa e, quando olhou para frente,
Romarinho já havia roubado a bola e feito o gol. Já devia estar
comemorando em frente à torcida... do Palmeiras! Ele jura que se
confundiu, pois normalmente quem fica ali no Pacaembu são os
corintianos. Verdade ou não, a reação descabida de Luan e companhia
provocou o cartão amarelo ao autor do gol.
Foi um dos atos de Marcelo Aparecido de Souza, árbitro que fez jus ao
nome. Ele não deu cartão amarelo a Luan por causar uma confusão
generalizada, mas já havia dado antes por achar que o atacante do
Palmeiras tentou simular um pênalti. Logo em seguida, quando Narciso já
preparava Maikon Leite para substituir o jogador, visivelmente nervoso, o
árbitro disse que viu um chute de Luan em Guilherme Andrade e o
expulsou.
Na sequência, um chute perigoso de Barcos e cartões a rodo: o Pirata,
Martínez, Cássio, Artur... E o fim de 45 minutos em que a tensão exalou
no Pacaembu com a promessa de Valdivia para Romarinho:
- Ele vai ver depois...
Romarinho comemora, e Luan (camisa 11) vai tomar satisfações
Nocaute corintiano
- Vou entrar para jogar bola, não para tirar alguém.
Jorge Henrique, famoso provocador, eleito jogador mais chato do
Campeonato Brasileiro pelos atletas em pesquisa realizada pelo
GLOBOESPORTE.COM em parceria com a revista "Monet", ouviu de Tite a
instrução para pensar apenas em futebol. E com três minutos já obedeceu:
de calcanhar, deixou Romarinho na cara do gol, mas o carrasco isolou.
Com um jogador a mais e muito mais organizado, o Corinthians resolveu
marcar no campo de ataque, uma de suas principais características. Não
demorou muito para que Danilo roubasse de João Vitor e iniciasse o
contra-ataque que passou por Romarinho, pelo pé direito de Douglas e
pela cabeça de Paulinho antes de terminar na rede de Bruno. Um gol que
levou a torcida alviverde ao desespero.
A imagem de São Marcos e do gerente de futebol César Sampaio nas
tribunas dizia muito sobre a situação do Verdão. Ídolos que tanto
fizeram pelo clube dentro de campo, agora impotentes diante de uma
equipe nervosa e que vê o fundo do poço cada vez mais próximo.
Palmeirense Artur se desespera com chance perdida
A sensação de que o placar era irreversível diminuiu o nervosismo,
apesar de lances como a voadora de Juninho em Romarinho e a dura entrada
de Danilo no tenso Maurício Ramos. O Corinthians diminuiu novamente o
ritmo, pareceu querer evitar problemas. O Palmeiras melhorou com as
entradas de Obina e, principalmente, Tiago Real. O meia, que veio do
Joinville, deu um banho de lucidez e qualidade nos companheiros que já
estavam em campo.
Foi seu, por exemplo, o lançamento para Artur, que ajeitou de cabeça
para Valdivia. O chileno, titular, badalado, perdeu um gol incrível.
Seria o seu primeiro no Brasileirão... Antes, ele havia exigido de
Cássio a defesa mais difícil da partida em chute de longe.
Os cartões continuaram a aparecer. Guilherme Andrade, Obina e Fábio
Santos, que ganhou a faixa de capitão como presente pelo aniversário de
27 anos, foram os agraciados da vez. A arbitragem também continuou a
aparecer. Mal. O assistente Rogério Zanardo marcou falta de Obina em
Paulo André, mas logo abaixou a bandeira e o árbitro deixou seguir o
lance até a conclusão de Valdivia para o gol. A torcida chegou a
comemorar antes que Aparecido consultasse o parceiro, voltasse atrás e
marcasse a falta.
Já o futebol parou de aparecer, de ambos os lados. O "título" do dia é
alvinegro. O desespero é alviverde. Neste e nos próximos domingos.
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