Tite, em entrevista coletiva no CT do Corinthians
Felipão foi o grande assunto da entrevista coletiva do técnico Tite,
nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava. A dois dias do clássico contra o
arquirrival Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, o treinador do
Corinthians não quis se aprofundar ao falar da demissão de Scolari, seu
tutor no início de carreira, mas que se transformou em um quase desafeto
recentemente.
– É a antevéspera de um clássico de tamanha importância. Qualquer
silêncio ou qualquer gesto que eu faça posso ser interpretado de forma
errada. Eu tenho muito respeito ao Palmeiras e ao Felipão – afirmou.
Tite não quis comentar se achou correta ou errada a atitude da
diretoria do Palmeiras em demitir o treinador após a derrota por 3 a 1
para o Vasco, em São Januário. Campeão da Copa do Brasil, Scolari não
vinha conseguindo tirar o Verdão da zona do rebaixamento do Brasileirão.
– Não me dou o direito de julgar, mas só respeitar. Tenho a grandeza do
Corinthians para trabalhar, uma carreira e uma conduta a zelar. Imagino
o que o Felipe está sentindo. Não estou fazendo demagogia. Os
dirigentes do Palmeiras sabem como sou – ressaltou.
Felipão foi quem revelou Tite como jogador de futebol no Caxias-RS e
serviu de professor no início da carreira como técnico. A relação
começou a balançar em 2010, quando o Palmeiras supostamente permitiu que
o Fluminense vencesse uma partida para prejudicar o Corinthians na
briga pelo título brasileiro.
Felipão e Tite se cumprimentam, durante clássico no segundo turno do Brasileiro-2011
No ano seguinte, Scolari chegou a dizer que aceitaria perder o clássico
válido pela primeira fase do Paulistão para impedir que Tite,
pressionado pela eliminação da Libertadores diante do Tolima, fosse
demitido. Nas semifinais do mesmo estadual, os treinadores discutiram em
campo no famoso episódio do “fala muito” no Pacaembu.
– Eu e o Felipe conversávamos só em jogos que nos enfrentávamos. Tenho uma gratidão muito grande por ele – ressaltou Tite.
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