Tite
embarcará para o Japão, dia 4 de dezembro, como o técnico do
Corinthians também em 2013. Quase unanimidade no clube, o treinador não
será feito de vítima em caso de fracasso no Mundial. Para garantir
tranquilidade no trabalho, a diretoria do Timão quer assinar a renovação
de contrato antes da viagem para o Oriente.
Ninguém no departamento de futebol cogita trocar o comando da equipe
para a próxima temporada. Campeão brasileiro em 2011 e da Libertadores
neste ano, o treinador tem a total aprovação do presidente Mário Gobbi
Filho e dos outros dirigentes do setor, Roberto de Andrade, Duílio
Monteiro Alves e Edu Gaspar.
Tite tem a aprovação do presidente Mario Gobbi
Ainda que informais, as primeiras conversas para a prorrogação do
vínculo já começaram e se intensificarão com a aproximação do torneio
internacional. Resta determinar o reajuste salarial e o tempo de
contrato, provavelmente por mais uma temporada, como aconteceu de 2011
para 2012. Nada, porém, que impeça a permanência.
A negociação nem deve passar pelas mãos de Gilmar Veloz, responsável
por discutir os contratos do técnico. No ano passado, após a conquista
do Brasileirão, o agente exagerou na pedida salarial e quase melou o
negócio, irritando o então presidente Andrés Sanches. De férias com a
família nos Estados Unidos, Tite assumiu a transação, diminuiu os
valores e fechou.
Em alta desde que voltou ao Brasil, o técnico vem sendo bastante
cobiçado, mas a saída para outra equipe do país é vista pela direção
como algo impossível. Somente a oferta de um grande clube europeu ou de
alguma seleção que disputará a próxima Copa do Mundo poderá fazer com
que ele mude de ideia sobre o futuro.
O treinador, curiosamente, chegou a colocar em dúvida o próprio
destino. Durante a Libertadores, disse em uma entrevista coletiva que
técnicos possuem prazo de validade no Brasil, dando a entender que
poderia ir embora após o Mundial. Meses depois, antes do clássico contra
o Santos, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão, o presidente corintiano
prometeu que ele seguiria como técnico no próximo ano.
O crédito é tanto que Tite vem discutindo com o clube o planejamento
para a temporada seguinte. Os possíveis reforços que desembarcarão no
Alvinegro passam diretamente pelo crivo do técnico, assim como aqueles
atletas que não serão mais aproveitados.
Contratado em outubro de 2010 para a segunda passagem (a outra foi
entre 2004 e 2005), Tite está a quatro jogos de se tornar o quinto
técnico que mais vezes dirigiu o Timão. São 181 contra 185 de Mano
Menezes. Neste período, foram 91 vitórias, 51 empates e 37 derrotas,
aproveitamento de 60,77% dos pontos disputados.
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