Ainda faltam três meses, mas o Corinthians já se
prepara para disputar o Mundial de Clubes, em dezembro, no Japão. Nada
de treinamento especial ou diferenciado, por enquanto. Uma equipe de
cinco funcionários do clube é quem trabalha assistindo aos jogos dos
possíveis adversários do time alvinegro na competição do fim do ano.
Edu Gaspar, gerente de futebol, comanda esse grupo de "olheiros" -
ele e mais quatro pessoas. O diretor tem gravado todas as partidas do
Chelsea (provável rival na final) e também do mexicano Monterrey, que
pode ser o adversário já na estreia do torneio, na semifinal, no dia 12
de dezembro.
"Eu distribuo os jogos para eles, e aí eles me passam tudo o que
viram e acharam", explicou Gaspar. "Montamos um relatório e discutimos
depois."
O dirigente diz que começou esse trabalho de observação do Chelsea
assim que a temporada europeia começou, no mês passado. "Acompanhamos as
contratações, vemos o estilo e o sistema de jogo deles", disse.
De acordo com Gaspar, ainda não dá para ter uma noção exata de como
os dois adversários jogam, e nem qual é o melhor e o pior ponto deles,
por exemplo. "Mas é nítido que o Chelsea joga no estilo do seu
treinador, de um futebol italiano", afirmou, referindo-se ao técnico
Roberto Di Matteo.
A goleada sofrida para o Atlético de Madrid, por 4 a 1, na final da
Supercopa da Europa, em 31 de agosto, também não deve ser levada em
consideração, segundo Gaspar. "Foi um jogo atípico, o começo de
temporada é sempre difícil", contou. "Eles vão estar no seu melhor
momento durante o Mundial."
O dirigente lembra ainda que vários torcedores corintianos dizem para
ele que o Chelsea não é um rival tão temido por não ter um futebol
vistoso, de plasticidade. E que isso deve ser esquecido. "Eles falam:
'Contra o Chelsea dá'. Mas todo mundo achava isso, até o Barcelona, e no
fim não deu para ninguém".
O sorteio dos confrontos do Mundial está marcado para o dia 24, em
Zurique. Edu Gaspar estará lá representando o clube, e vai aproveitar
para saber até quando o time poderá inscrever um atleta na competição.
"Eu mandei uma carta para eles (da Fifa), mas acho que não entenderam
o que eu queria, porque a resposta foi outra, nada a ver", disse o
dirigente. "E olha que eu até me comunico bem em inglês", brincou.
Clássico. Edu Gaspar também afirmou ontem que se reuniu com o técnico
Tite na terça-feira e fez um pedido especial: para que nenhum jogador
corintiano trate o clássico de domingo contra o Palmeiras como
diferenciado e para não tripudiar da má fase do rival.
"A grandeza de um time não se faz com o desastre do outro", afirmou o
dirigente. "Eu tenho amigos lá do outro lado, como o César Sampaio e o
Galeano, e não é legal essa situação."
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