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estrelaGuerreroIdolatrado no Peru, na Bolívia e em outros países sul-americanos, o atacante teve uma estreia de gala na Libertadores. Aos 5 minutos, fez o gol que deu início à caminhada alvinegra.
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minuto-chave15 do 2º tempoGarcia cruza da esquerda, e Saucedo, sozinho, completa na saída de Cássio. O gol empatou o jogo e deixou as duas equipes satisfeitas com o resultado na estreia.
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nota tristemorteDe acordo com a policia local, um torcedor de 14 anos foi atingido por um sinalizador e morreu. Cinco brasileiros teriam sido detidos suspeitos de terem disparado o artefato.
Viagem longa, altitude, cilindros de oxigênio, pressão da torcida
rival... O Corinthians enfrentou tudo isso, abriu o placar, mas estreou
na Taça Libertadores com um empate por 1 a 1 diante do San José, em
Oruro, na noite desta quarta-feira. Diante das circunstâncias adversas, a
igualdade acabou sendo um bom negócio para o Timão, que somou seu
primeiro ponto e aumentou a invencibilidade na competição sul-americana
para 15 jogos – não perde desde a traumática eliminação para o Deportes
Tolima, em 2011.
O primeiro gol do Corinthians na atual edição da Libertadores não
poderia ser mais emblemático. O peruano Paolo Guerrero, ídolo
sul-americano, fez nesta quarta, aos 29 anos, sua primeira partida na
história do torneio. Na véspera, ele dizia que faria de tudo para marcar
e realizar um sonho de infância. El Depredador demorou apenas cinco
minutos para cumprir a promessa, com um belo arremate de pé esquerdo.
O San José, pouco técnico, mas muito valente, empatou com o melhor
jogador do time – Saucedo. No segundo tempo, o Timão sentiu os efeitos
da altitude de 3.700 metros e cansou. No fim, ficou bom para ambas as
equipes.
Do lado de fora do gramado, um grave acontecimento. De acordo com
informações da polícia local, um torcedor do San José teria morrido ao
ser atingido por um sinalizador. Ainda de acordo com as autoridades
bolivianas, cinco torcedores brasileiros teriam sido detidos, suspeitos
de terem disparado o artefato.
O Corinthians volta a campo neste domingo, pelo Campeonato Paulista,
diante do Bragantino, em jogo marcado para as 16h (horário de Brasília).
Pela Libertadores, os comandados de Tite jogam quarta-feira que vem,
contra o Millonarios, no Pacaembu.
'El Depredador' cala 'La Temible'
O San José tem uma equipe limitadíssima, mas ao menos sua torcida
mostrou ser ativa. Com o Estádio Jesús Bermudez praticamente lotado, a
equipe da casa foi muito bem recebida em sua entrada no gramado. Em meio
a fogos de artifício, música típica e gritos de “San José, San José”,
um mosaico de fogo atrás de um dos gols anunciava que uma torcida
especial estava ali: La Temible (A temível).
Guerrero e Ralf comemoram gol do Corinthians sobre o San Jose
No entanto, havia dois problemas. O primeiro, a própria equipe do San
José, muito inferior ao Corinthians. O segundo – e mais importante: um
Paolo Guerrero louco para fazer bom papel em seu primeiro jogo de Taça
Libertadores. Ele, sim, é temível. No primeiro lance da partida, ignorou
os efeitos da altitude de 3.700m de Oruro, correu em direção ao ataque,
roubou a bola de Luis Torrico e exigiu grande defesa de Lampe.
Obstinado, El Depredador (como Guerrero é chamado no Peru) tratou de
calar La Temible logo aos cinco minutos. A jogada ensaiada nos treinos
foi perfeita. Passe de Danilo para Fábio Santos e cruzamento para trás. A
bola não achou Emerson Sheik, mas foi perfeita no pé esquerdo de
Guerrero, que precisou de pouco tempo para realizar seu sonho de
infância. Desde garoto, ele assistia a jogos da Libertadores e sonhava
marcar um gol na competição.
Cheio de estrela, Guerrero deu ao Corinthians o panorama perfeito. Com a
vantagem, os comandados de Tite passaram a administrar a posse de bola e
buscar a aproximação entre as linhas para economizar esforço – antes da
partida, os jogadores precisaram até inalar oxigênio de alguns
cilindros adquiridos pelo clube.
O pé no freio do Timão permitiu que o San José, mesmo limitado,
voltasse a acender sua torcida com alguns chutes de longa distância.
Cássio trabalhou em pelo menos um deles, de Saucedo, o “craque” da
equipe de Oruro. No fim do primeiro tempo, o melhor jogador do Mundial
de Clubes apareceu para salvar um toque de calcanhar de Palacios. Em 45
minutos, a altitude não fez efeito no atual campeão da Libertadores.
El Caballo empata, mas Timão fica satisfeito
El Caballo empata, mas Timão fica satisfeito
Tudo parecia bem demais para o Corinthians, mas era evidente que os
efeitos da altitude cobrariam seu preço em algum momento da partida. No
segundo tempo, o Timão voltou cauteloso, sem se expor, mas mesmo assim
sofreu com a disposição do San José. A maior velocidade da bola
proporcionada pela altitude foi traiçoeira com a defesa alvinegra. Paulo
André e Gil demoraram a se acertar por ali.
Cássio trabalhou mais, só que não conseguiu evitar que Saucedo
aparecesse sozinho no segundo pau para empatar o jogo aos 15 minutos. O
cruzamento de Garcia foi “esticado” demais para a defesa alvinegra
alcançar. Saucedo, conhecido como El Caballo, levou o estádio de Oruro à
loucura.
Depois disso, o Corinthians acordou e tentou aproveitar os espaços
deixados pelo empolgado time da casa. Emerson teve a bola do jogo aos 20
minutos, mas conseguiu fazer o mais difícil após passe perfeito de
Renato Augusto: acertou a trave. Renato, aliás, ditou o ritmo do duelo
desde que entrou na vaga de Jorge Henrique, substituído por causa de
dores musculares.
Dois minutos depois, Emerson perdeu outro gol. E Tite perdeu a
paciência. O técnico promoveu a entrada de Alexandre Pato, que não teve
tempo, nem espaço, para fazer o que sabe. Com o passar do tempo, o
empate se tornava mais rentável para o Corinthians. Com o apito final,
não dá para dizer que o Timão não saiu satisfeito. Assim como na
campanha do título de 2012, a equipe estreou com uma igualdade fora de
casa – e agora com 15 jogos de invencibilidade no torneio.
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