Sinalizadores sumiram do mercado na Rua 25 de Março, em São Paulo
Antes de se apresentar à Vara da Infância e da Juventude, no centro de
Guarulhos, o adolescente H. A. M. disse em entrevista ao Fantástico que
comprou seis sinalizadores, entre eles o que teria sido acidentalmente
disparado contra o garoto Kevin Espada, na Rua 25 de Março, principal
região do comércio popular da cidade de São Paulo. Segundo o advogado
Ricardo Cabral, que representa a Gaviões da Fiel e o menor que confessou
a culpa, os artefatos custaram 25 reais e foram comprados de um
vendedor ambulante.
A reportagem do GLOBOESPORTE.COM esteve na mesma rua, na manhã desta
segunda-feira, e a palavra "sinalizador" causou arrepios nos camelôs, e
mesmo nas lojas e galerias do local. Ninguém quis se identificar,
temerosos com a repercussão do caso envolvendo a torcida do Corinthians,
e a grande maioria negou a existência de objetos do tipo.
- Sinalizador? Quer me complicar, rapaz? Isso já deu muito problema - respondeu um homem.
Uma mulher, entretanto, também sem se identificar, foi mais sincera, e
admitiu que era possível encontrar artefatos semelhantes ou idênticos ao
que foi utilizado no estádio em Oruro, durante a partida da equipe
brasileira contra o San José.
- Depois que o menino disse aquilo, as lojas e os ambulantes tiraram do
mercado, mas isso é vendido, sim, na 25 de Março - afirmou.
Segundo Cabral, há a possibilidade de os sinalizadores terem sido
comprados com o prazo de validade vencido, já que custaram um preço bem
inferior ao de mercado. Não há nota fiscal, tampouco outra prova de que
foi o menor quem fez a compra, de acordo com o advogado, por ter sido um
negócio feito com um ambulante. Em sua versão, nenhum dos sinalizadores
apreendidos pela polícia boliviana no estádio pertencem aos 12
torcedores que estão presos e indiciados em Oruro. Cabral garante que
foi H. A. M. quem comprou e os levou à Bolívia.
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