Mário Gobbi promete ajudar torcida de rapaz morto
O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, cogita prestar auxílio
financeiro à família de Kevin Espada, de 14 anos, torcedor do San José
morto na última quarta-feira, durante duelo entre Corinthians e o clube
boliviano, pela Taça Libertadores. Em entrevista coletiva concedida no
CT Joaquim Grava, o dirigente voltou a lamentar a tragédia e garantiu
que o clube não vai se omitir.
Gobbi lembrou do caso da torcedora Amanda Ferraz, que, aos 21 anos,
morreu atropelada pelo ônibus do Corinthians durante uma das
comemorações do centenário do clube.
- Sempre ajudamos, só não ficamos divulgando. Queremos fazer isso (ajudar a família de Kevin) no momento adequado - disse o presidente.
- Sempre ajudamos, só não ficamos divulgando. Queremos fazer isso (ajudar a família de Kevin) no momento adequado - disse o presidente.
Gobbi atendeu aos jornalistas depois de ir a uma missa na Igreja Nossa
Senhora de Fátima, no Sumaré, bairro da zona oeste de São Paulo.
- Jamais pensei em vir aqui para falar de tragédia. O Corinthians está
extremamente sensibilizado - declarou o mandatário, lembrando que o
clube decretou sete dias de luto e ainda prestará homenagens ao jovem
nas duas próximas partidas.
Se os familiares de Kevin Espada podem receber ajuda do Corinthians, os
12 torcedores que estão presos em Oruro estão sob os cuidados da
embaixada brasileira. Mário Gobbi mostrou-se bastante irritado durante a
coletiva quando questionado sobre a relação do clube com as
organizadas. Em alguns momentos, ele negou qualquer tipo de auxílio
financeiro; em outros, disse ser "normal" ceder ingresso às torcidas.
- O Corinthians não participa de financiamento de viagens. Quem quer
ver o jogo do Corinthians tem de pagar ingresso - falou Gobbi, para
depois completar. - Temos uma relação com a torcida igual a de todos os
outros clubes, de respeito e diálogo. Os órgãos que cuidam do futebol no
país acharam por bem separar a área de organizadas nos estádios, e há
ingressos reservados para esses setores. Quando eu cheguei aqui, em
2008, como diretor de futebol, já era assim.
Independentemente da relação do Corinthians com a torcida, o clube pode
ser punido pelo ocorrido, podendo até ser excluído desta edição de Taça
Libertadores. O presidente Mário Gobbi, entretanto, já afirmou não crer
em qualquer punição por entender que se trata de uma fatalidade.
*Maria Clara Ciasca colaborou sob supervisão de José Gonzalez
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