Infográfico mostra detalhes de como aconteceu a tragédia no estádio Jesús Bermúdez
Os 12 torcedores do Corinthians presos (clique aqui e veja os nomes deles)
após a morte de um garoto de 14 anos na partida entre San José e Timão,
em Oruro, estão dividindo uma cela de 12 metros quadrados e apenas um
banheiro nos fundos da "Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen"
(Força Especial de Luta Contra o Crime), no centro da cidade boliviana.
Após autorização da fiscal investigativa Abigail Saba, a reportagem do
GLOBOESPORTE.COM teve acesso ao local e conversou por cerca de três
minutos com os corintianos.
Apreensivos, eles não quiseram se identificar individualmente e nem
tirar fotos. Apenas passaram um recado aos familiares que estão no
Brasil: estão bem e querem voltar logo. Todos ficam na delegacia por
tempo indeterminado.
- Digam a todos que estamos bem, nossos familiares estão preocupados. Foi um acidente – disse um dos torcedores.
Um a um, os corintianos estão prestando depoimentos a respeito da morte do garoto Kevin Douglas Espada,
de 14 anos, atingido por uma cápsula que, de acordo com a polícia
boliviana, partiu de um sinalizador aceso pela torcida visitante em
Oruro. Os 12 torcedores foram recolhidos para averiguações.
Porta do local onde os brasileiros estão presos em Oruro para averiguação
- Chegamos ao estádio cerca de meia hora antes do jogo, fizemos nossa
festa e estávamos na batucada (com a bateria). Foi um acidente, logo
depois do gol do Corinthians. Levantamos o bandeirão e aquilo disparou – relatou um dos presos.
- Fomos escolhidos aleatoriamente pela polícia – completou outro.
O grupo está apreensivo com possíveis retaliações de torcedores
bolivianos. Durante a manhã, porém, o clima foi de tranquilidade – na
medida do possível – na sede da delegacia.
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