segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

PM tem planos para jogo do Timão com portões abertos ou fechados

Fila no Pacaembu (Foto: Carlos Augusto Ferrari / Globoesporte.com) 
Polícia se prepara para conter torcida no estádio
 
Uma reunião na tarde desta segunda-feira definiu planejamentos para o jogo do Corinthians contra o Millonarios, na quarta-feira, no Pacaembu. O 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar de São Paulo se prepara para dois cenários. Na última quinta-feira, a Conmebol, por meio de uma medida cautelar, determinou que todos os jogos do Timão como mandante até o fim da Libertadores tenham portões fechados, em razão da morte do garoto boliviano Kevin Espada, de 14 anos, atingido por um sinalizador naval disparado por um torcedor do Corinthians durante o empate contra o San José, em Oruro.

No dia seguinte, o departamento jurídico do clube brasileiro enviou sua defesa, e a Conmebol poderia responder nesta segunda se manteria ou não a punição, o que até agora não ocorreu. Ainda sem a certeza de que a torcida alvinegra poderá ocupar seus lugares dentro do estádio, a polícia esboçou dois planejamentos. O mais trabalhoso será conter o público caso os portões realmente estejam fechados.

- Normalmente há um esquema de prevenção para que não haja aglomeração, principalmente próximos aos portões. É possível que seja feita uma área de segurança, um cinturão, que isole os portões e mantenha as pessoas afastadas. É uma técnica que se usa - explicou o Coronel Marcos Marinho, responsável pela segurança nos estádios da Federação Paulista de Futebol.

Há uma promessa, principalmente das torcidas organizadas, de comparecerem à Praça Charles Miller, em frente ao portão principal do Pacaembu, para apoiarem do lado de fora a equipe contra os colombianos se a decisão não for alterada. Cerca de 30 mil ingressos já haviam sido vendidos por antecipação. O Corinthians promete devolver o dinheiro se os torcedores não puderem assistir à partida, mas confiam que a entidade aceitará sua defesa.

O esforço da polícia será para manter o grande contingente de pessoas longe do estádio. Haverá reforço da cavalaria, tropa de choque, e maior atenção no monitoramento das pessoas nas áreas próximas ao Pacaembu.

Caso a Conmebol permita ao Corinthians receber seus torcedores, o planejamento será o padrão, já utilizado em partidas desse porte. O Coronel Marinho afirmou que jogos da equipe pela Libertadores normalmente já exigem um cuidado maior, mas, em sua opinião, a morte do garoto boliviano não vai alterar nenhum processo feito habitualmente, nem mesmo a revista dos policiais para impedir que artefatos como o sinalizador naval que matou Kevin entrem no local.

- O serviço que fazemos hoje já prevê cuidado com relação a esse negócio de fogos, a não ser um material muito pequeno, sem poder de risco. É o mesmo esquema que usamos. Muda com portões fechados, aí preocupa mais.

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