Dos 12 torcedores corintianos presos após a morte de um garoto de 14
anos no jogo entre San José e Corinthians, em Oruro, dez devem ser
liberados até a manhã desta sexta-feira, enquanto outros dois se
encontram em situação mais complicada. Clique aqui e veja a identidade dos 12.
A informação é do advogado do grupo de torcedores, o boliviano Jaime
Luiz Flores, que chegou à sede da "Fuerza Especial de Lucha Contra el
Crimen" ("Força Especial de Luta Contra o Crime") na tarde desta
quinta-feira. Segundo ele, dois corintianos foram presos com
sinalizadores idênticos ao que acertou Kevin Douglas Beltrán Espada, o
jovem fã do San José. Um desses torcedores, Cleuter Barreto Barros,
portava artefatos do mesmo lote do sinalizador que matou o boliviano.
- Na nossa perspectiva, entendemos que não houve participação de dez
dos que estão apreendidos no momento, e estes deveriam ter liberdade
imediata. Os outros dois foram presos com sinalizadores, então talvez
tenham de esperar um pouco mais. Um deles, Cleuter Barreto Barros, foi
detido com um sinalizador do mesmo lote daquele que atingiu a pessoa
morta - informou o advogado do grupo.
Os depoimentos dos torcedores devem acabar na noite desta quinta. A
partir daí, uma audiência com a fiscal investigativa do Ministério
Público, Abigail Saba, vai definir se os corintianos serão liberados ou
seguirão presos preventivamente. Na delegacia, atrás das grades, os
corintianos falaram com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM - clique aqui e assista ao vídeo.
Paralelamente a isso, um agente consular e um advogado foram enviados
pela embaixada brasileira na Bolívia a Oruro para acompanhar o caso dos
12 torcedores corintianos presos.
Torcedores do Corinthians presos na delegacia de Oruro
Eles foram para dar assistência aos brasileiros presos pela polícia
boliviana e também para evitar que aconteçam abusos por parte das
autoridades locais.
A expectativa do Itamaraty é a de que pelo menos seis torcedores sejam
liberados ainda nesta quinta-feira. A embaixada também informou que não
deverá dar ajuda financeira aos brasileiros.
- O que surpreende um pouco é que tenham sido detidos vários
brasileiros. Imagino que apenas uma pessoa tenha feito isso, então não
sei quais foram as circunstâncias das detenções - disse o ministro
conselheiro da embaixada, Eduardo Saboia, ao mandar os representantes
para Oruro.
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