Um dos melhores em campo contra o Millonarios-COL, Paolo
Guerrero definiu a sensação de marcar com o estádio vazio como "o gol
mais chato da carreira". O peruano, autor do gol do título mais
importante da história do Corinthians, também marcou na quarta-feira, no
Pacaembu, em vitória de 2 a 0 pela Copa Libertadores. E comentou a
situação inusitada.
"Sem dúvida esse foi o gol mais chato da minha carreira.
O momento do gol é um momento de felicidade, mas hoje (quarta-feira)
olhei para a arquibancada e não vi ninguém", explicou sobre a sensação
aos 10min do primeiro tempo. "Tive que esperar meus companheiros para
comemorar com eles. Foi difícil", acrescentou.
Há uma semana, por sinal, um gol marcado também por
Guerrero, indiretamente, foi o estopim para a tragédia em Oruro, contra o
San José. O peruano abriu o marcador na Bolívia e, durante a
comemoração, foi atirado o sinalizador que vitimaria o jovem Kevin
Espada, de 14 anos. Como punição preventiva, o Corinthians já atuou sem
torcida na quarta-feira. Motivo de tristeza não só para Guerrero, mas
também para o capitão Alessandro.
"É muito chato sem a torcida. É um jogo chato, essa é a
palavra. É uma diferença muito grande, parece um treinamento. Sentimos
muita falta do apoio do nosso torcedor, principalmente na Libertadores,
que é uma competição tão almejada, mas superamos as dificuldades e
conseguimos vencer. Esperamos que essa situação não venha a se repetir",
acrescentou.
O também lateral Fábio Santos usou o mesmo termo de
Alessandro para definir a sensação de jogar para apenas quatro
torcedores - eles tiveram liminar concedida pela Justiça e assistaram à
partida.
"Sem dúvida nenhuma foi um jogo muito chato sem a torcida.
Tivemos que fazer um treinamento de concentração muito grande para essa
partida e foi complicado. Não foi um treino coletivo, pois o jogo era
muito importante. Precisávamos muito da vitória e conseguimos", disse
Fábio.
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