O Corinthians vai
entrar ainda nesta sexta-feira com um recurso na Conmebol para tentar
reverter a decisão que impede a presença de torcedores em seus jogos na Libertadores.
O diretor jurídico do clube, Luiz Alberto Bussab, classificou a decisão
da entidade que controla o futebol sul-americano como "indevida,
abusiva e intempestiva".
- A questão da liminar é abusiva, no nosso entender, porque,
evidentemente por ser liminar, não nos ouviu, não tivemos defesa. O
inquérito policial na Bolívia ainda não terminou. As autoridades não
sabem individualmente quem cometeu, como cometeu. Não se apurou a
responsabilidade individual. (...) Não houve qualquer tipo de revista
(na entrada do estádio) - afirmou Bussab, em entrevista ao "Arena SporTV".
Bussab considera que o Corinthians não contribuiu com a ação que
resultou na morte de Kevin Espada. O jovem de 14 anos foi atingido por
um sinalizador marítimo disparado do setor ocupado pela torcida
alvinegra no jogo com o San José, na quarta-feira, em Oruro, no estádio
Jesús Bermúdez. A polícia boliviana prendeu 12 torcedores, indiciados
por homicídio.
- Não houve nenhuma ajuda financeira, nenhuma contribuição, nenhum
incentivo sequer. Não existe relação econômica ou de subvenção entre
torcida organizada e Corinthians. Pode existir respeito, diálogo. As
instituições são independentes e devem responder por si só - afirmou o
diretor jurídico.
Corintianos tiveram prisão preventiva decretada em Oruro
Bussab disse que a ação violenta durante o jogo contra o San José é
reprovada pela diretoria do Corinthians e que o clube deseja que o caso
seja apurado e o responsável, punido.
- O comportamento é reprovado pela diretoria do Corinthians, como
qualquer ato de violência. Esperamos que a pessoa seja identificada e
punida. Não vamos fazer nada para que isso não ocorra - garantiu.
- O clube não concorreu de forma alguma (para o caso). E tenho certeza que isso será demonstrado - acrescentou.
A Conmebol decidiu na noite de quinta-feira que o Corinthians deve
disputar sem a presença de torcedores os jogos em que tiver mando de
campo na Libertadores. E que não terá direito a ingressos para seus
adeptos nas partidas como visitante.
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