O
caso da morte do torcedor boliviano de 14 anos em partida do
Corinthians pode ter consequências ainda mais sérias do que as que já
foram anunciadas. O clube considera a hipótese de deixar a Copa
Libertadores caso a punição adotada pela Conmebol por conta do incidente
não seja revertida.
O problema se iniciou na última quarta-feira, quando um sinalizador
atirado por torcedores corintianos durante o empate por 1 a 1 contra o
San José, na Bolívia, causou a morte do jovem torcedor Kevin Douglas
Beltran Espada. Na quinta-feira, a Conmebol anunciou a decisão de forçar
o Timão a jogar com portões fechados até o final da Copa Libertadores.
No dia seguinte, o Corinthians anunciou através de comunicado oficial
que irá recorrer contra a medida, considerada injusta por prejudicar
toda a sua torcida e por não punir de forma alguma o próprio San José,
responsável pela segurança do estádio onde foi realizada a partida.
A partir disso, a saída da competição como protesto passou a ser
considerada como uma possibilidade real. Um membro da cúpula corintiana
mostrou confiança de que a pena será revertida, mas admitiu que o clube
já pensa nas medidas que poderiam ser tomadas caso a pena seja mantida.
"Por enquanto não vamos tomar esse tipo de atitude, temos certeza da
reversão. Se a reposta for negativa nós vamos sentar novamente para
decidir o que vamos fazer, existem diversas medidas que o Corinthians
pode tomar", revelou.
A fonte confirmou que a saída da Copa Libertadores é uma
possibilidade que vem sendo bem aceita. "Estamos tendo muita adesão a
essa ideia, o que não significa que vamos tomar uma decisão da noite
para o dia. Isso precisa ser discutido, o presidente não vai tomar
nenhuma atitude intempestiva", afirmou.
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