Paulo André, em treino do Corinthians
As últimas duas atuações do Corinthians geraram repercussões diferentes
entre os jogadores. Após a derrota por 1 a 0 para o Boca Juniors e o
empate por 0 a 0 com o São Paulo, o técnico Tite disse que a equipe
precisava melhorar a efetividade na criação de jogadas. O goleiro
Cássio, por outro lado, disse não ter notado diferença na eficiência da
equipe. Já Paulo André preferiu admitir: o Timão, de fato, tem muito
mais futebol do que vem apresentando.
Campeão invicto da Taça Libertadores da América no ano passado, o atual
elenco terá de lidar com uma situação inédita a ele até aqui: reverter a
vantagem criada pelo Boca Juniors, que venceu por 1 a 0 na Argentina.
Além disso, ainda tem a preocupação de fazer um bom resultado no
primeiro jogo da final do Paulistão, diante do Santos, no Pacaembu, para
decidir com mais tranquilidade na Vila Belmiro.
– Pela regularidade que sempre mantivemos, poderíamos estar melhor,
sim. Não é uma crítica, mas uma cobrança. Em momentos decisivos em
épocas passadas, conseguimos elevar o nível. Se conseguirmos que cada um
melhore 10% do que vem fazendo, aceleramos a transição entre defesa e
ataque, e o resultado coletivo será melhor. Teremos mais chances –
argumentou, em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava.
No primeiro jogo contra o Boca, o Corinthians soube controlar as ações
do adversário na etapa inicial, e administrou bem o resultado, mas caiu
de produção com a saída de Danilo, lesionado, logo no início do segundo
tempo. O time cedeu, e voltou para São Paulo com a missão de abrir uma
vantagem de dois gols para manter aceso o sonho do bicampeonato
continental.
Diante do São Paulo, o problema alvinegro se repetiu. Não havia
transição a defesa e o ataque, de maneira que o meio-campo tornou-se um
setor praticamente nulo. A ausência de Renato Augusto, um dos maiores
destaques do Timão na temporada, afastado por lesão desde 24 de março,
foi sentida pela equipe. Romarinho vem compondo o setor, com Sheik e
Guerrero no ataque, mas ainda sente dificuldades para auxiliar a
armação.
A referência de Paulo André ao aumento de nível do Corinthians nos
momentos decisivos nas últimas temporadas faz sentido. Em 2011, a equipe
viveu um período de instabilidade no meio do Campeonato Brasileiro, mas
soube se aproveitar da boa vantagem de pontos criada nas rodadas
iniciais para crescer na reta final. No ano seguinte, pela Libertadores,
o time decidiu todos os confrontos de mata-mata em casa e não tremeu:
dos sete jogos disputados em casa, ganhou seis e empatou um.
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