Romarinho, algoz do Boca em 2012, será titular
Enfrentar o Boca Juniors numa Taça Libertadores nunca é tarefa fácil,
ainda mais com o técnico Carlos Bianchi no banco de reservas. Com a
experiência da pressão vivida em La Bombonera em 2012, o Corinthians
enfrenta o rival nesta quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), em
Buenos Aires, na tentativa de manter o sonho do bicampeonato e tirar
uma incrível invencibilidade de Bianchi, que nunca foi eliminado por
equipes brasileiras em um mata-mata da Libertadores.
Os dois lados têm motivos para confiança. O Corinthians, claro, quer
ter o mesmo destino do ano passado, quando empatou por 1 a 1 em La
Bombonera e ganhou confiança para o jogo de volta da decisão. No
Pacaembu, uma vitória por 2 a 0 deu o título continental aos
brasileiros, contra um Boca comandado, na época, por Julio Cesar
Falcioni. Desta vez o duelo é “apenas” pelas oitavas, o que não tira a
importância de um bom resultado fora de casa.
No Boca, Carlos Bianchi traz um componente de “mística” ao clube.
Tricampeão da Libertadores com o Boca, em 2000, 2001 e 2003, o técnico
sempre passou pelos brasileiros nos seis duelos que teve pela competição
internacional. De 2000 a 2004, Palmeiras (duas vezes), Vasco, Paysandu,
Santos e São Caetano não foram páreo para “El Virrey”, apelido de
Bianchi.
Carlos Bianchi, técnico do Boca Juniors, nunca foi eliminado por times brasileiros
A confiança no técnico é tão grande que até o principal jogador do Boca
faz questão de dizer que, com Carlos Bianchi, as coisas podem ser bem
diferentes de 2012 – mesmo com a equipe argentina em pior momento do que
naquela época. Juan Román Riquelme foi taxativo:
– É o maior treinador da história do clube, ganhou quatro vezes a
Libertadores, parece que ele sabe de alguma coisa... Confiamos nele e
podemos ganhar.
O duelo do Corinthians de Tite contra o Boca de Bianchi terá arbitragem
do chileno Enrique Osses, auxiliado pelos compatriotas Carlos Astroza e
Sergio Roman. A TV Globo transmite o duelo para os estados de SP, DF,
Ituiutaba e Uberlândia (MG), PR, SC, BA, RN, MA (menos Balsas), SE, GO,
MT, MS, PA (menos Santarém) e TO. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os
lances em Tempo Real a partir das 21h50m.
Boca Juniors: o técnico Carlos Bianchi tem a equipe
ideal na cabeça, mas convive com duas dúvidas para escalar seus
titulares. O zagueiro Caruzzo sentiu dores na coxa e pode ser
substituído por Magallán, de apenas 19 anos. No meio, Riquelme é a
esperança, mas, se não estiver 100%, dará lugar a Sanchez Miño ou
Ledesma. O time: Orión, Marin, Caruzzo (Magallán), Burdisso e Clemente
Rodriguez; Erbes, Somoza, Erviti e Sanchez Miño (Riquelme ou Ledesma);
Martínez e Blandi..
Corinthians: a única novidade é o retorno do goleiro
Cássio, recuperado de uma fratura no punho esquerdo. O resto do time é o
mesmo que venceu a Ponte Preta por 4 a 0 e se classificou às semifinais
do Paulista. O Timão começa com Cássio, Alessandro, Gil, Paulo André e
Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Danilo, Romarinho e Emerson Sheik;
Guerrero.
Boca Juniors: ninguém. Riquelme e Caruzzo estão concentrados e serão mantidos como dúvidas até a hora do jogo.
Corinthians: Renato Augusto, que se recupera de lesão
no músculo posterior da coxa direita, e Guilherme Andrade, com lesão
grave no joelho e previsão de recuperação de seis meses.
Boca Juniors: integrante do elenco do Corinthians no Mundial de Clubes, o atacante Martínez é uma das esperanças dos Xeneizes nesta Libertadores. No Timão, ele era querido pelo elenco, mas saiu após cobrar repetidas vezes uma vaga entre os titulares. Tite não gostou, e não fez questão que ele continuasse no elenco em 2013..
Corinthians: não há como falar em Timão, Boca e La
Bombonera sem citar a estrela de Romarinho. Autor de um gol fundamental
no primeiro jogo da final do ano passado, quando ainda era recém-chegado
ao clube, o atacante goza hoje do status de titular e peça fundamental
na armação de jogadas.
Riquelme, meia do Boca Juniors: “O Corinthians tem uma equipe que joga junta há muito tempo, que não tem muitas trocas. No Brasil, pode-se reforçar com quem quiser para a Libertadores. Eles ainda contrataram Pato e Guerrero. São campeões e têm os mesmos jogadores do ano passado. Mas aqui, o favorito é o Boca.”
Riquelme, meia do Boca Juniors: “O Corinthians tem uma equipe que joga junta há muito tempo, que não tem muitas trocas. No Brasil, pode-se reforçar com quem quiser para a Libertadores. Eles ainda contrataram Pato e Guerrero. São campeões e têm os mesmos jogadores do ano passado. Mas aqui, o favorito é o Boca.”
Tite, técnico do Corinthians: "Não se trata de uma
situação de favoritismo do Corinthians. Temos a responsabilidade de
vencer e passar pela grandeza do clube. Ninguém quer aliviar nossas
costas. Estamos em um processo de evolução e precisamos continuar
crescendo."
* Boca e Corinthians jogam por um desempate nos confrontos diretos da Libertadores. Nos dois mata-matas em que se encontraram, os argentinos levaram a melhor em um (oitavas de final de 1991), e os brasileiros deram troco no outro (final de 2012).
* Um dos confrontos entre os rivais ocorreu na Europa. Exatamente isso.
Foi no Torneio Teresa Herrera de 1999, na Espanha, quando o Boca fez 2 a
0 com gols de Samuel e Riquelme, que começava sua carreira e nem
imaginava ser ídolo.
* Apesar de ter perdido o título do ano passado para o Timão, o Boca
ainda leva ampla vantagem no mata-mata da Libertadores contra
brasileiros: apenas três eliminações em 16 duelos. Além do Corinthians,
apenas o Santos (1963) e o Fluminense (2008) conseguiram a façanha.
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