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carrascoRomarinhoCom o Palmeiras em vantagem, coube ao carrasco alviverde entrar em campo e decretar o empate com um belo gol da entrada da área. Foi o quarto gol dele em três jogos contra o rival.
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deu certoBola aéreaEm duas bolas cruzadas por Wesley, os palmeirenses levaram vantagem sobre os corintianos. No primeiro, Vilson aproveitou a falha da linha de impedimento. Depois, Vinícius foi oportunista e marcou.
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minuto chave26 do 2º tempoRomarinho recebe pelo meio e chuta colocado para empatar o clássico no Pacaembu. Depois disso, Timão pressiona, Verdão se defende, e jogo termina com placar justo.
O único Dérbi garantido de 2013 terminou empatado. O Corinthians
começou bem, abriu o placar, viu o Palmeiras virar, e contou com o
carrasco Romarinho para decretar o 2 a 2 na tarde deste domingo, no
Pacaembu. O duelo válido pela oitava rodada do Campeonato Paulista não
poderia ter resultado mais justo: dois times tão diferentes, mas que
mostraram disposição idêntica em vários momentos do jogo.
Os primeiros 25 minutos e os 20 finais foram do Timão, que abriu o
placar com Emerson Sheik e teve duas bolas na trave que poderiam ter
matado o jogo logo no começo. Isso se o Palmeiras não fosse o Palmeiras.
Com um time limitado, mas lutando como o gigante que é, o Verdão
conseguiu a virada com Vilson e Vinícius, sempre de cabeça, sempre na
raça. Entre os dois períodos de domínio corintiano, o Palmeiras mostrou
totais condições de vencer o maior rival.
Romarinho foi o fator decisivo para o empate, com um belíssimo gol na
metade do segundo tempo. O carrasco alviverde fez seu quarto gol em três
jogos diante do maior rival do Corinthians. O resultado levou as duas
equipes aos 13 pontos, na briga pelas primeiras posições do Paulistão.
O Timão volta a campo na próxima quarta-feira, quando estreia na
Libertadores diante do San José, da Bolívia, às 22h (horário de
Brasília). Pelo Paulistão, o compromisso é contra o Bragantino, domingo
que vem, às 16h. No mesmo dia e horário, o Palmeiras pega o União
Barbarense.
Sheik desencanta, Verdão não se entrega
Há jogadores que ficam mais ligados em jogos grandes. Emerson Sheik era
o único dos atacantes corintianos que não havia marcado na temporada.
No banco, a sombra enorme de Alexandre Pato, há semanas à espera de uma
oportunidade. Ele precisava mostrar serviço. Mas, com histórico de
provocações sobre o Palmeiras, Sheik sofreu no início do clássico.
Disputa: Paulinho cercado por palmeirenses
Logo de cara, uma falta dura de Patrick Vieira anunciava que o atacante
iria pagar pela língua afiada. Ruim para Emerson, bom para o Timão.
Enquanto o jogador atraía a marcação, o Timão tomava conta do jogo. Mais
organizado, mais técnico, mais inteiro. Jorge Henrique deu o cartão de
visitas com uma bomba que explodiu no travessão logo aos oito minutos.
Ele apareceu sozinho na área para finalizar e denunciou a marcação falha
do sistema defensivo alviverde. Depois, Fernando Prass teve de
trabalhar em novo chute de Sheik.
Raça não faltou aos comandados de Gilson Kleina. O que faltou foi
acertar passes, chutes, marcar direito. Wesley que o diga. O meia foi o
mais voluntarioso, teve a bola, chamou o jogo, mas quase todas as suas
jogadas. Patrick Vieira, Souza e Vinícius foram tímidos. Tudo piorou
quando o insistente ataque corintiano funcionou. Aos 17 minutos, Paulo
André desviou um cruzamento de cabeça e deixou Emerson Sheik livre para
marcar. Emocionado, o atacante respondeu às pancadas na bola e comemorou
seu primeiro gol em 2013: 1 a 0 Timão. Na comemoração, ele fez o gesto
de embalar um bebê. No intervalo, garantiu que não será pai:
- Calma, gente! O bebê não é meu. É de um amigo que descobiu hoje que vai ser pai...
A equipe de Tite poderia ter teria matado o confronto nos primeiros 30
minutos. Guerrero quase fez o segundo após falha de Fernando Prass –
acertou a trave. Os alvinegros criavam, e a torcida não perdoava o
rival. Gritos de “Segunda Divisão” ecoaram em quase todos os setores do
Pacaembu. Só que o Timão não matou o Palmeiras, e pagou por isso.
Aos poucos, o Verdão se soltou. Patrick Vieira passou a ameaçar Cássio.
A defesa corintiana parecia distraída; a linha de impedimento, idem. Na
base da velocidade, o time de Gilson Kleina cresceu e aproveitou as
falhas rivais. Aos 29, o cruzamento de Wesley pegou todo mundo
desprevenido, menos Vilson: de cabeça, decidido, o reforço alviverde
empatou o Dérbi.
Apesar de todo o respeito pregado durante a semana, o Corinthians não
esperava uma resposta desse tipo por parte do Palmeiras. Com os pés – e a
bola – no chão, os alviverdes criaram as melhores chances a partir da
metade do jogo. Cássio voltou neste domingo ao gol do Timão. Certamente,
não imaginava ter tanto trabalho: defendeu um chute de Márcio Araújo,
viu Patrick Vieira fazer um gol, anulado por impedimento, e fez outra
grande defesa em arremate de Weldinho. Favorito ao Dérbi, o Timão
agradeceu o fim do primeiro tempo.
Verdão vira, mas carrasco salva Timão
O Palmeiras começou o segundo tempo como se estivesse em uma final de
campeonato. O Corinthians parecia jogar um jogo como qualquer outro. Só
que o Dérbi não é qualquer jogo e, por isso, o Verdão levou vantagem. O
time de Gilson Kleina foi grande, como o Palmeiras deve ser. Com
disposição, dividindo todos os lances e marcando forte, a virada veio
logo aos 7 minutos: Wesley cobrou falta da direita, Cássio falhou, e
Vinícius apareceu como um raio para cabecear. A provocação mudou de
lado, e o atacante fez até dancinha diante do tobogã cheio de
corintianos: 2 a 1.
A apatia do Corinthians impressionou. Nem o gol do rival foi capaz de
acender jogadores como Danilo e Guerrero, mais do que acostumados a
grandes clássicos. Paulinho, então, nem se fala. Displicente, o volante
foi engolido por um bravo Márcio Araújo, que não desgrudou do corintiano
em momento algum.
Tite tentou livrar seu time das amarras feitas por Gilson Kleina. A
apostou foi na mística em vez da qualidade. O carrasco alviverde
Romarinho entrou, e Pato continuou no banco. O talismã conseguiu levar a
campo a disposição que faltava aos alvinegros. No primeiro chute,
Fernando Prass fez milagre à queima-roupa. Renato Augusto, outro que
saiu do banco de reservas, quase fez um golaço de fora da área.
Pato também entrou, e aí o jogo começou a tomar contornos mais
alvinegros. Em lançamento longo de Cássio, o baladado atacante mostrou
rara categoria no domínio perfeito da bola e rolou para Paulinho. Ao ver
Romarinho sozinho, o volante não teve dúvidas. Tocou a bola e viu o
atacante bater com estilo, sem chances para Prass: 2 a 2. Quarto gol de
Romarinho em três jogos contra o Verdão.
O empate já estava bom demais para o ferido Palmeiras, que tentou
surpreender nos contra-ataques. Para o Timão, vencer passou a ser
questão de honra. Toda a apatia dos primeiros 60, 65 minutos, foi
convertida na garra usual. Nenhum dos dois times mereceu perder. Por
isso, os mais de 34 mil pagantes que foram ao Pacaembu viram um justo
empate.
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