Em menos de um mês, Alexandre Pato
está à disposição do técnico Tite para estrear com a camisa do
Corinthians. Praticamente sem folga desde que chegou ao CT Joaquim
Grava, o atacante surpreendeu com sua reação nas sessões de fisioterapia
e nos treinos físicos e técnicos, dando um respaldo à comissão técnica e
ficando pronto para enfrentar o Oeste neste domingo, no Pacaembu.
O desequilíbrio muscular, parte que mais preocupava, está praticamente
resolvido. Da apresentação, em 11 de janeiro, ao anúncio de sua
liberação, foram apenas 20 dias de intervalo. Nesse período, ele ganhou a
confiança necessária para disputar qualquer lance sem medo de uma nova
lesão.
Pato em treino do Corinthians: superando a desconfiança inicial
Um jogador sem histórico de lesões pode ser liberado para jogar com até
15% a 20% de desequilíbrio entre as duas pernas, sem prejuízos no
desempenho em campo. Com Pato, o cuidado foi muito maior. A comissão
técnica só optou por liberá-lo quando sua diferença estivesse na casa
dos 5%, número que atingiu recentemente. A ideia era fazer com que ele
ficasse pronto para a estreia na Taça Libertadores, em 20 de fevereiro,
mas o atacante surpreendeu.
Com esses cuidados, Pato foi sendo “solto” aos poucos para os treinos
com bola ao lado dos companheiros. A grande fonte de confiança veio no
jogo-treino contra o Flamengo de Guarulhos, quando jogou por 45 minutos e
enfrentou marcação dura dos rivais, situação típica de jogo. Com um gol
e uma bola na trave, ele saiu satisfeito com o próprio desempenho.
O mais importante, para a comissão técnica, é que Pato não regrediu na
preparação em momento algum. Sem lesões, o atacante só foi preservado em
alguns momentos, quando sentiu dores musculares.
Pato conversa com o diretor Duílio Monteiro Alves
– Ele teve algum incômodo, é a chamada dor muscular tardia, que
qualquer atleta sofre quando começa um período de treinamento. Não foi
nada que afetasse a programação dele – disse o preparador físico Fábio
Mahseredjian.
As duas primeiras semanas de Pato foram de confinamento no CT Joaquim
Grava, sem sair sequer para procurar um apartamento para morar. Com
trabalhos em dois períodos na maioria dos dias, o atacante obedeceu a
todas as sessões de fisioterapia comandadas por Bruno Mazziotti,
fisioterapeuta do Timão.
Essa volta dele se deve ao comportamento dele, ao respeito que teve com ele e com próprio clube"
F. Mahseredjian, preparador físico
O comprometimento deixou a comissão técnica bastante tranquila,
principalmente pelo histórico recente que teve com Adriano, outro
atacante de nível mundial, mas com perfil bem diferente do atual camisa 7
do Corinthians. De acordo com Fábio Mahseredjian, o próprio Pato foi
quem fez seu retorno ser rápido.
– Ele ficou preso aqui uns 14 dias, aproximadamente, e se alimentou
bem, fez um trabalho fantástico com a fisioterapia, sempre em tempo
integral. Essa volta dele se deve muito ao comportamento dele, ao
respeito que teve com ele e com o próprio clube – destacou o preparador
físico.
Quem convive com Pato nos últimos dias diz que ele está louco para
jogar. Companheiros de elenco, pessoas da comissão técnica e o próprio
Tite já disseram isso publicamente. Sem jogar desde o dia 21 de
novembro, quando fez até gol pelo Milan contra o Anderlecht, da Bélgica,
Pato espera que a base obtida na pré-temporada sirva para ele afastar
de vez as lesões que tanto o prejudicaram no fim de sua passagem pela
Itália.
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