Jorge Henrique passou boa parte do segundo semestre de 2012
lesionado. Era difícil apostar que ele sequer entrasse durante o Mundial
de Clubes da Fifa, no Japão. Mas ele foi além. Titular na decisão
contra o Chelsea (ING), o baixinho foi destaque na parte tática e ainda
participou da jogada do gol de Guerrero, ao tabelar com Paulinho.
Em
2013, o camisa 23 começou ainda mais ameaçado. Chegaram Alexandre Pato e
Renato Augusto. Douglas, que havia virado reserva, também queria
recuperar a posição. Mas o atacante começou a temporada voando e não deu
brechas. Sempre que esteve à disposição, foi titular com boas atuações.
Em quatro jogos, já fez um gol, deu uma assistência e sofreu um
pênalti.
- Já passei por várias situações em ver as pessoas
“escalando” os times e sempre meu nome fora dessas listas, mas isso,
garanto, nunca me abalou. Sempre que chega um novo reforço, o primeiro
nome a ser cogitado a deixar o time titular é o meu, mas isso me dá
ainda mais força para correr e mostrar que posso ser importante.
Acredito que se deve pelo fato de aliar minhas características de ataque
à função tática que procuro exercer nos clubes em que jogo. Aqui no
Corinthians não foi diferente - disse Jorge ao LANCE!Net, através de sua assessoria de imprensa.
A
decisão da comissão técnica em escalá-lo como titular na final do
Mundial surgiu pouco tempo depois da semifinal entre Chelsea e Monterrey
(MEX). As jogadas pelas pontas com Mata e Hazard mostraram que alguém
precisaria ajudar Alessandro pelo setor direito. A lembrança era a
semifinal da Libertadores contra o Santos, quando Jorge Henrique foi
importante para anular Neymar.
Neste domingo, contra o Palmeiras,
ele revê um adversário especial. Além de ter sido o autor do gol da
vitória por 1 a 0, em janeiro de 2010, que quebrou um jejum de três anos
- ou sete jogos - o atacante já fez gol de letra e ainda imitou o
"chute no vácuo" de Valdivia, na última rodada do Brasileirão de 2011,
quando o Timão sagrou-se pentacampeão.
Apesar disso, ele nega que o Dérbi seja o seu clássico preferido.
- Na
verdade, não (tem gosto especial). Todos os clássicos são especiais. O
gosto de vencer um rival é o mesmo. Acho que a maioria dos jogadores
sente isso pelo torcedor. Aí, a proporção aumenta de acordo com a
rivalidade dos torcedores - disse.
No Corinthians, muitos destacam
uma característica do atacante. Quando tem decisão, ele está sempre lá,
correndo, mostrando disposição e se garantindo pela importância tática
na equipe.
- Jogar decisão e clássico é, realmente, diferente. Mas
sou o tipo do jogador que se entrega muito na parte física e nos
clássicos e nas decisões, a própria ocasião exige que essa entrega seja
ainda maior.
Já me disseram que essa coisa de jogar no limite acaba
sendo responsável por algumas lesões que sofro. E, quando se tem uma
torcida empurrando o tempo todo, fica ainda mais fácil de se doar em
campo - afirmou Jorge.
Lancenet!
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