Chacón batizou filho com nome de Ronaldo
Quando o Corinthians entrar no gramado do estádio Pueblo Nuevo, nesta quarta-feira, em San Cristóbal, Gerzon Chacón olhará diretamente para a camisa 9, mas não verá seu grande ídolo. Aposentado há exatamente um ano, Ronaldo continua sendo a referência do futebol brasileiro na Venezuela. Muito mais para o lateral-direito do Deportivo Táchira, primeiro adversário do Timão na Taça Libertadores. A admiração é tanta que o jogador batizou o filho dele com o nome do Fenômeno.
- Sempre admirei a velocidade e a maneira de definir que ele tinha. É um dos meus ídolos por tudo o que fez nos clubes e na Seleção Brasileira. Eu o admiro também pelos problemas que enfrentou, sempre voltando bem, o que é importante para um futebolista. Ele teve essa capacidade mental de assimilar todas as lesões – afirmou.
- Sempre admirei a velocidade e a maneira de definir que ele tinha. É um dos meus ídolos por tudo o que fez nos clubes e na Seleção Brasileira. Eu o admiro também pelos problemas que enfrentou, sempre voltando bem, o que é importante para um futebolista. Ele teve essa capacidade mental de assimilar todas as lesões – afirmou.
Chacón nunca teve a chance de marcar Ronaldo. Entretanto, tem na memória a primeira e única vez que viu de perto a genialidade do Fenômeno. Em 1999, no banco de reservas da seleção venezuelana, ele acompanhou o massacre brasileiro por 7 a 0, pela Copa América disputada no Paraguai. O camisa 9 marcou duas vezes em confronto eternizado pelo golaço de Ronaldinho Gaúcho, o primeiro dele com a camisa amarela.
- Eu estava no banco e não pude enfrentar Ronaldo. Ele tinha muita velocidade e técnica. Foi um jogador muito importante, um dos melhores do mundo – ressaltou.
O pequeno Ronaldo, aliás, enche o papai de esperança para o futuro. O garoto, de apenas oito anos, já participa das categorias de base do Deportivo Táchira e, segundo funcionários do clube, leva jeito para seguir os passes do Fenômeno.
- Ele é atacante, marca gols. Vamos esperar. O primeiro passo é ser um jogador profissional. Depois vamos ver – acrescentou.
‘Sí, se puede!’
Chacón recebe placa pelos 344 jogos pelo Táchira
Sem Ronaldo em campo, o lateral esquece a badalação para a estreia na Taça Libertadores. Se a goleada brasileira em 99 ficou marcada, a vitória venezuelana sobre a Seleção por 2 a 0 (a primeira na história), em amistoso disputado em Boston, em 2008, é referência para o Táchira acreditar que pode bater o Corinthians. Chacón, que esteve em campo naquele dia, aposta na força mental.
- O futebol venezuelano cresceu, há estrangeiros jogando com nível internacional. Mudou também a mentalidade. Sabemos que podemos enfrentar um adversário de peso, que sempre foi superior. Todos nós temos na mentalidade que, sim, podemos (vencer). Respeitamos, mas confiamos no que temos. Estamos muito fortes para conquistar um grande resultado – cravou o defensor, que usa como exemplo o empate sem gols contra o Santos na edição do ano passado.
Ao contrário do Corinthians, favorito e pressionado a vencer a competição, o Táchira tem sonhos bem mais modestos. O grande objetivo do clube é se classificar para a segunda fase ou, no máximo, igualar sua melhor campanha na história – em 2004, chegou às quartas de final e foi eliminado pelo São Paulo. Por isso, um empate diante do Timão não seria um mau resultado.
- Nossa meta é avançar de fase. Tivemos um resultado importante contra o Santos, que depois foi campeão. No ano passado, estivemos perto de conseguir avançar, mas sempre falta esse passo. Queremos usar a experiência que acumulamos para conseguir.
Bem mais modesto que Ronaldo, Gerzon Chacón, de 31 anos, também carrega sua idolatria no Táchira. Ele se transformou no último sábado no jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube, com 344 partidas, superando Laureano Jaime.
- Fiquei orgulhoso de superar essa marca de grande ídolos. Pessoalmente é sempre positivo e importante entrar para a historia do clube, deixar algo. Quando passar, meu nome sempre estará presente. Era uma meta pessoal, um recorde, e vou continuar trabalhando para que continuem me reconhecendo – completou.
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