Edu: 'Por mim, Tite ficaria mais 10 anos no Timão'

 

  Edu Gaspar recebeu a reportagem do LANCENET! em seu apartamento, em São Paulo

 

Gerente de futebol do Corinthians, Edu não esconde sua admiração pelo técnico Tite. Ele foi um dos que brigaram por sua permanência no período de turbulência no Brasileirão do ano passado.

– Imagina se a gente conseguisse fazer aqui o que acontece na Europa? Se dependesse de mim, o Tite ficaria mais dez anos – disse, sobre o técnico que tem vínculo até o fim de 2012.

A relação entre os dois foi curiosa no início do trabalho do gerente. Ainda volante da equipe quando Tite foi contratado, Edu jogou apenas cinco minutos em oito jogos do Brasileiro de 2010. Quando virou chefe, teve de se adaptar.

– No primeiro dia, ele falou: “A partir de hoje não precisa me chamar nem de senhor, nem de professor. Eu respondi: “Professor, eu vou falar uma coisa para o senhor. Eu agradeço, mas vou continuar falando. Eu vim para ajudar – revelou.

Em quase um ano e meio como jogador do Timão, nesta segunda e última passagem, o ex-volante não conseguiu se firmar. Em entrevistas passadas, nunca escondeu sua mágoa com Mano Menezes.

– Longe de comparações. Falo do Tite. Ele tem um jeito humano de ser que conquista o grupo, amável, é um cara honesto. No dia a dia, não tem jeito, se tenta ser bacana, humilde, mas não é, um dia a máscara cai. O Tite é diferente – analisa.

Curiosamente, a aposentadoria do corintiano quase foi adiada no início de 2011. Sem chances com Tite, convocou uma entrevista coletiva para anunciar sua rescisão contratual no dia 12 de janeiro do ano passado.

Semanas depois, recebeu uma proposta tentadora do Newcastle (ING) e chegou a viajar para fazer treinar e fazer exames.

– Eles iriam vender dois jogadores e contratar eu e um chileno. Estava quase tudo certo, fiz esteira, exames... No entanto, os dois jogadores acabaram ficando. Perguntaram se eu poderia esperar mais seis meses e eu disse que não. No voo de volta para o Brasil, já tinha tomado a decisão de parar. Outros clubes brasileiros também me procuraram, mas eu não queria jogar contra o Corinthians. Não tinha como jogar contra – revelou o atual gerente de futebol.

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