quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Emoção até o fim: com gol no último minuto, Timão empata na Venezuela

 
No último lance, o Corinthians escapou de começar com derrota a edição 2012 da Taça Libertadores. Ralf, o protetor da defesa fez no momento decisivo aquilo que os atacantes alvinegros não conseguiram em 90 minutos. Com uma cabeçada certeira no minuto final, o volante marcou o gol do empate por 1 a 1 contra o Deportivo Táchira, nesta quarta-feira, no estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal, pelo Grupo 6. Alívio alvinegro na Venezuela.
 
A atuação não foi ruim, mas esteve aquém do nível de um dos favoritos ao título, sobretudo no sistema ofensivo, incapaz de finalizar com precisão. Tite trocou todo o setor durante o jogo até o gol salvador sair aos 48 minutos da cabeça de um defensor. Herrera, em lance "sobrenatural" com Chicão, anotou para o Aurinegro.

O Cruz Azul lidera o Grupo com três pontos. Corinthians e Táchira têm um. O Nacional do Paraguai ainda não pontuou. Os paraguaios são os próximos adversários do Timão, dia 7 de março, no Pacaembu. Pelo estadual, o Alvinegro enfrenta o São Caetano, sábado, às 16h20m, no ABC, em partida que deve marcar o retorno de Adriano à equipe.
emerson corinthians x deportivo Táchira venezuela (Foto: AP) 
Emerson Sheik se esforça em jogo contra o Deportivo Táchira, na Venezuela 
 
Placar injusto no primeiro tempo

Não foi uma atuação primorosa, mas encerrar o primeiro tempo perdendo, talvez, não tenha sido justo com o Corinthians. Mesmo fora de casa, o Timão dominou boa parte dos 45 minutos, criou algumas chances para marcar, mas, em um lance de infelicidade da defesa, voltou para o vestiário  com uma derrota por 1 a 0.

O Táchira apostou na cautela e em travar as descidas dos laterais Alessandro e Fábio Santos. Nada, porém, que impedisse os paulistas de controlarem o jogo com certa tranquilidade desde o início. Avançado, o Timão chegou fácil ao ataque, mas as peças do setor renderam pouco, principalmente Liedson, muito abaixo do que se espera dele.

Os venezuelanos se arriscaram somente com segurança. Chacón, capitão e ídolo da torcida, era a melhor opção arrancando da defesa pelo lado direito. Por lá, saiu o gol, uma verdadeira trapalhada, aos 21 minutos. Após desvio de Chourio em cobrança de lateral, Chicão tentou cortar, a bola bateu em Herrera e encobriu Julio Cesar.

O placar desfavorável fez o Corinthians voltar a apertar. O empate quase veio com uma cabeçada de Danilo que encontrou o travessão. Sheik também teve sua oportunidade momentos depois. Alessandro chegou à linha de fundo e cruzou para trás. Livre na marca do pênalti, Emerson chutou fraco e Rivas defendeu.

Pressão e empate no fim

O Corinthians voltou para o tempo final tentando pressionar novamente. Tite não fez mudanças, mas a bronca no intervalo deu mais velocidade ao time perto da área adversária. Logo no início, Fábio Santos por muito pouco não empatou em chute cruzado que passou próximo à trave esquerda de Rivas.

A paciência de Tite durou apenas 12 minutos, quando trocou Liedson e Emerson por Elton e Alex. A melhor chance, contudo, foi do Táchira. Chourio recebeu de Herrera na área e finalizou duas vezes para marcar. No entanto, a arbitragem já marcava impedimento. O lance revoltou a torcida, que passou a atirar alguns objetos para dentro do gramado.

O susto fez o Corinthians acordar e criar novamente. Elton, em antecipação à zaga, quase colocou a bola no ângulo direito. Em seguida, foi a vez de Leandro Castán chutar da marca do pênalti para boa defesa de Rivas.

Willian ainda entrou no lugar de Jorge Henrique para dar mais velocidade, mas não conseguiu. Fechado, o Táchira controlava bem as tentativas brasileiras e ainda foi perigoso nos contra-ataques. O Timão assustou nos chutes de longa distância de Alex. E seguiu lutando até o fim. Lutou tanto que acabou sendo recompensado no fim. Aos 48 minutos, numa cobrança de falta da esquerda, Alex alçou na área e Ralf, como homem-surpresa, acertou uma linda cabeçada para empatar a partida e mostrar que ao Corinthians às vezes falta brilho, mas nunca falta brio.

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