O ator Edgar Vivar pode ser considerado um recente torcedor
do Corinthians - a partir de 2010, ele foi influenciado por seus
assessores brasileiros a apoiar o clube do Parque São Jorge. Mas "Seu
Barriga", o personagem que o mexicano interpretava no seriado Chaves, já é corintiano há mais de duas décadas.
No episódio "Jogando bola", gravado em 1973 e exibido no Brasil a partir de 1990, o dono da vila do Chaves revelou seu time de coração. Ao cobrar aluguel do "Seu Madruga" - que lhe devia eternamente 14 meses -, Seu Barriga é convencido pelo inquilino a esquecer a falta de pagamento em nome do amor pelo Corinthians. Ambos vibram: "Corinthians, Corinthians! Rá, rá, rá!".
"Na versão original do seriado, o Seu Barriga torce pelo Monterrey. Quer dizer que, na dublagem brasileira, o Monterrey é o Corinthians? Isso é verdade? Que legal! Nossa! Não sabia! Como ninguém me falou sobre isso?", animou-se Edgar Vivar, direcionando a cobrança aos seus assessores. "Então, você tem razão: o Senhor Barriga já é corintiano muito antes do Edgar. Isso foi um bom agouro, uma coincidência muito grande, pois também sou corintiano!", vibrou.
Curiosamente, o Monterrey é o atual campeão da Liga dos Campeões da Concacaf e poderá enfrentar o Corinthians nas semifinais do Mundial de Clubes em dezembro, no Japão. "Disso, sim, eu já estava sabendo! O Seu Barriga ficará com o coração dividido! Mas, cá entre nós, o Edgar deve torcer pelo Corinthians. Meus fãs brasileiros querem isso. De verdade, torço pelo Corinthians no Brasil. Sempre digo isso", afirmou o comediante, que não se intimidou em confirmar seu amor nem mesmo em uma mesa redonda com torcedores de clubes mineiros, em Belo Horizonte. "Em Porto Alegre, pediram para eu manter meu time em segredo para evitar problemas", sorriu.
Para o Seu Barriga, portanto, o rico Monterrey era o time perfeito. "Roberto Gómez Bolaños fez uma piada subliminar com isso. Como o Monterrey é uma equipe que tem muito dinheiro, assim como o Seu Barriga... Mas gravar esse episódio foi muito legal! Lembro até hoje das caras que o Seu Madruga fazia. Monterey, Monterrey! Rá, rá, rá!", repetiu.
Se na ficção o Senhor Barriga gosta do Monterrey, na vida real o comediante é torcedor do Pumas no México. "Sou o único na família", lamentou. O pai de Edgar não gostava de futebol - preferia o beisebol. "O futebol só começou a se tornar mais popular no meu País na década de 1950. Também joguei beisebol, mas não gostei. É demasiado americano, yankee, difícil de entender e cansativo. Já o futebol tem regras tão simples, além de ser popular e acessível a qualquer pessoa", comparou.
O futebol foi inacessível a Edgar Vivar. "Eu não podia jogar nem quando criança, pois sempre fui uma pessoa gordinha", sorriu, esquecendo-se de que o personagem "Nhonho" (também interpretado por ele) gostava de brincar com a bola apesar de seu sobrepeso. "Ah, mas o Nhonho só fazia isso no nosso show. Ele não conseguiria jogar futebol fora dali!", gargalhou.
Os demais integrantes do elenco de Chaves também gostavam de acompanhar futebol. Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, é fanático pelo América do México. Chegou a roteirizar e protagonizar a comédia "El Chanfle", com a participação de todos os seus companheiros de seriado, apenas para louvar o clube do coração em 1979. "Roberto foi excelente jogador e é grande seguidor do América, assim como o seu irmão, Horacio, que fazia o Godines em Chaves. Mas 'El Chanfle' foi produzido a mando da Televisa, para promovermos o time. Os episódios de Acapulco também só foram nessa praia porque o hotel era de propriedade da emissora. Já não é mais, mas os donos continuam ganhando muito dinheiro com os nossos fãs", comentou Edgar, que prefere as praias de Cancún às de Acapulco.
"Veja, Acapulco é perigoso e caro. Você tem que pagar por tudo. Mas, se for para conhecer gente, há um cardápio de garotas: russas, canadenses, americanas, francesas, tudo, tudo, tudo", brincou.
Já Ramón Valdés, o Seu Madruga, era fã de um time mexicano que nem sequer existe mais, o Atlético Español, fundado em 1971 e extinto em 1982. "É uma equipe que já foi grande, caiu para a segunda divisão e continuou muito mal. Mas Don Ramón gostava bastante... Aos domingos, quando tínhamos apresentações, ficávamos à frente da televisão vendo os jogos. Rubén Aguirre não ligava tanto para isso. Preferia o beisebol, como o meu pai, e as touradas", narrou Edgar.
O intérprete do Seu Barriga ainda revelou os times de coração de outros dois dos seus antigos colegas: "A Bruxinha, não sei se continuou pensando assim...". Villagrán, em sua última visita ao Brasil, foi ao Morumbi, vestiu uma camisa de Rogério Ceni e afirmou ser torcedor do São Paulo. "Ah, sim? É meu rival? Porque sou do Corinthians!", repetiu Edgar.
Em Chaves, no entanto, todos os atores vestiam a mesma camisa. "Como grande admirador de futebol, Chespirito costumava dizer que éramos um time. O melhor não era quem fazia o gol, e sim a equipe toda. Ele poderia ter escrito as melhores piadas só para o personagem dele, mas criou isso também para o Quico e para os outros, pois queria que todos fôssemos protagonistas e tivéssemos a oportunidade de marcar um gol. Em alguns episódios, a Chiquinha era a personagem principal, em outros o Seu Madruga, o Quico, o Nhonho... Se não fosse assim, não teríamos durado até hoje. Eu nem estaria aqui no Brasil. É incrível a força que o Chaves tem!", declarou Edgar Vivar, emocionado, algumas horas antes da exibição de mais um capítulo do seriado que é transmitido no Brasil desde 1984.
Sua programação seguinte na televisão certamente seria o jogo entre Corinthians e Cruzeiro. "Vai, Curintia! Não é assim que vocês falam? Para mim, é Corinthians, Corinthians, rá, rá, rá!", concluiu, risonho.
No episódio "Jogando bola", gravado em 1973 e exibido no Brasil a partir de 1990, o dono da vila do Chaves revelou seu time de coração. Ao cobrar aluguel do "Seu Madruga" - que lhe devia eternamente 14 meses -, Seu Barriga é convencido pelo inquilino a esquecer a falta de pagamento em nome do amor pelo Corinthians. Ambos vibram: "Corinthians, Corinthians! Rá, rá, rá!".
"Na versão original do seriado, o Seu Barriga torce pelo Monterrey. Quer dizer que, na dublagem brasileira, o Monterrey é o Corinthians? Isso é verdade? Que legal! Nossa! Não sabia! Como ninguém me falou sobre isso?", animou-se Edgar Vivar, direcionando a cobrança aos seus assessores. "Então, você tem razão: o Senhor Barriga já é corintiano muito antes do Edgar. Isso foi um bom agouro, uma coincidência muito grande, pois também sou corintiano!", vibrou.
Curiosamente, o Monterrey é o atual campeão da Liga dos Campeões da Concacaf e poderá enfrentar o Corinthians nas semifinais do Mundial de Clubes em dezembro, no Japão. "Disso, sim, eu já estava sabendo! O Seu Barriga ficará com o coração dividido! Mas, cá entre nós, o Edgar deve torcer pelo Corinthians. Meus fãs brasileiros querem isso. De verdade, torço pelo Corinthians no Brasil. Sempre digo isso", afirmou o comediante, que não se intimidou em confirmar seu amor nem mesmo em uma mesa redonda com torcedores de clubes mineiros, em Belo Horizonte. "Em Porto Alegre, pediram para eu manter meu time em segredo para evitar problemas", sorriu.
Para o Seu Barriga, portanto, o rico Monterrey era o time perfeito. "Roberto Gómez Bolaños fez uma piada subliminar com isso. Como o Monterrey é uma equipe que tem muito dinheiro, assim como o Seu Barriga... Mas gravar esse episódio foi muito legal! Lembro até hoje das caras que o Seu Madruga fazia. Monterey, Monterrey! Rá, rá, rá!", repetiu.
Se na ficção o Senhor Barriga gosta do Monterrey, na vida real o comediante é torcedor do Pumas no México. "Sou o único na família", lamentou. O pai de Edgar não gostava de futebol - preferia o beisebol. "O futebol só começou a se tornar mais popular no meu País na década de 1950. Também joguei beisebol, mas não gostei. É demasiado americano, yankee, difícil de entender e cansativo. Já o futebol tem regras tão simples, além de ser popular e acessível a qualquer pessoa", comparou.
O futebol foi inacessível a Edgar Vivar. "Eu não podia jogar nem quando criança, pois sempre fui uma pessoa gordinha", sorriu, esquecendo-se de que o personagem "Nhonho" (também interpretado por ele) gostava de brincar com a bola apesar de seu sobrepeso. "Ah, mas o Nhonho só fazia isso no nosso show. Ele não conseguiria jogar futebol fora dali!", gargalhou.
Os demais integrantes do elenco de Chaves também gostavam de acompanhar futebol. Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, é fanático pelo América do México. Chegou a roteirizar e protagonizar a comédia "El Chanfle", com a participação de todos os seus companheiros de seriado, apenas para louvar o clube do coração em 1979. "Roberto foi excelente jogador e é grande seguidor do América, assim como o seu irmão, Horacio, que fazia o Godines em Chaves. Mas 'El Chanfle' foi produzido a mando da Televisa, para promovermos o time. Os episódios de Acapulco também só foram nessa praia porque o hotel era de propriedade da emissora. Já não é mais, mas os donos continuam ganhando muito dinheiro com os nossos fãs", comentou Edgar, que prefere as praias de Cancún às de Acapulco.
"Veja, Acapulco é perigoso e caro. Você tem que pagar por tudo. Mas, se for para conhecer gente, há um cardápio de garotas: russas, canadenses, americanas, francesas, tudo, tudo, tudo", brincou.
Já Ramón Valdés, o Seu Madruga, era fã de um time mexicano que nem sequer existe mais, o Atlético Español, fundado em 1971 e extinto em 1982. "É uma equipe que já foi grande, caiu para a segunda divisão e continuou muito mal. Mas Don Ramón gostava bastante... Aos domingos, quando tínhamos apresentações, ficávamos à frente da televisão vendo os jogos. Rubén Aguirre não ligava tanto para isso. Preferia o beisebol, como o meu pai, e as touradas", narrou Edgar.
O intérprete do Seu Barriga ainda revelou os times de coração de outros dois dos seus antigos colegas: "A Bruxinha, não sei se continuou pensando assim...". Villagrán, em sua última visita ao Brasil, foi ao Morumbi, vestiu uma camisa de Rogério Ceni e afirmou ser torcedor do São Paulo. "Ah, sim? É meu rival? Porque sou do Corinthians!", repetiu Edgar.
Em Chaves, no entanto, todos os atores vestiam a mesma camisa. "Como grande admirador de futebol, Chespirito costumava dizer que éramos um time. O melhor não era quem fazia o gol, e sim a equipe toda. Ele poderia ter escrito as melhores piadas só para o personagem dele, mas criou isso também para o Quico e para os outros, pois queria que todos fôssemos protagonistas e tivéssemos a oportunidade de marcar um gol. Em alguns episódios, a Chiquinha era a personagem principal, em outros o Seu Madruga, o Quico, o Nhonho... Se não fosse assim, não teríamos durado até hoje. Eu nem estaria aqui no Brasil. É incrível a força que o Chaves tem!", declarou Edgar Vivar, emocionado, algumas horas antes da exibição de mais um capítulo do seriado que é transmitido no Brasil desde 1984.
Sua programação seguinte na televisão certamente seria o jogo entre Corinthians e Cruzeiro. "Vai, Curintia! Não é assim que vocês falam? Para mim, é Corinthians, Corinthians, rá, rá, rá!", concluiu, risonho.
- Gazeta Esportiva
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