Gobbi, no desembarque do Timão na Argentina
Durante a Libertadores, após se irritar com o árbitro e a organização
no jogo contra o Emelec (EQU), nas oitavas de final, o presidente Mário
Gobbi chegou a dizer que o Paulistão é maior do que a competição
sul-americana. Agora, menos irritado, ele mudou o discurso, mas continua
tentando minimizar a pressão de conquistar o título existente no clube.
Na chegada a Buenos Aires, o dirigente negou que a final contra o Boca
juniors seja o principal jogo da história do Corinthians. Nem sequer dos
últimos anos. Mas classificou a partida como “apetitosa” por se tratar
de um título inédito na história do clube. Para Gobbi, a experiência do
rival, hexacampeão da Libertadores, é um obstáculo a ser superado.
– O Corinthians tem tido ao longo dos cem anos jogos históricos e
memoráveis. Diria que esse é um jogo apetitoso, pois ainda não ganhamos a
Libertadores e isso aguça mais a vontade. Mas temos um grande time
diante de nós. Aquele que errar menos vai levar – assegurou.
O presidente, eleito no início de 2012, esbanjou descontração na
chegada a Buenos Aires. Primeiro, brincou com torcedores e jornalistas e
respondeu calmamente a todas as perguntas. Na chegada ao hotel, até
esboçou gravar um boletim com o microfone da Rede Globo. Além de seu
espírito tranquilo, uma demonstração de que a Libertadores não tem mais o
peso psicológico que derrubou o Timão em edições anteriores.
Não é o título que falta, é um título que nós não temos. Apenas isso"
Mário Gobbi, presidente do Corinthians
– Não é o título que falta, é um título que nós não temos. Apenas isso.
Logo depois da vitória sobre o Santos, na semifinal, até os adversários
declararam torcida pelo Corinthians no embate frente ao Boca Juniors. O
craque Neymar priorizou o patriotismo e afirmou que apoiaria o Timão
até o Mundial de Clubes no Japão. Já o presidente santista, Luis Alvaro
de Oliveira Ribeiro, também ressaltou sua torcida pela conquista
corintiana.
O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanches, durante visita ao CT do
São Paulo, no papel de diretor de seleções da CBF, afirmou desconfiar
de tanta boa vontade por parte dos rivais. Para ele, não passa de uma
forma diferente de secar o Timão. Mas Mário Gobbi parece mesmo estar com
espírito aberto.
O cartola jura que o apoio de Laor é verdadeiro. Em entrevista recente
ao GLOBOESPORTE.COM, o santista afirmou que conhece Gobbi há três meses,
mas parece que são amigos há anos. É a união branca e preta contra o
azul e amarelo do Boca.
– O Laor não teria porque mentir sobre isso, acredito que seja
verdadeira a torcida dele. Nós somos muito amigos e somos alvinegros.
Ele está do nosso lado - assegurou.
O presidente deverá acompanhar de perto o treino de reconhecimento da
Bombonera que os jogadores do Corinthians farão sob o comando de Tite,
nesta terça-feira, às 18h.
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