Tite, técnico do Corinthians, sorri no clássico
O técnico Tite acredita que uma mudança tática e o aspecto emocional tenham sido determinantes para o Corinthians virar para 2 a 1 o clássico contra o Palmeiras, neste domingo, no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista (veja os melhores momentos no vídeo ao lado). O resultado faz o Timão superar o rival na classificação (34 contra 32 pontos) e acaba com a invencibilidade de 21 jogos do Verdão.
– Foi um primeiro tempo equilibrado, com o Palmeiras tendo a qualidade técnica e a virtude do Assunção. No segundo, o detalhe foi encompridar mais o campo, deixando Emerson e Jorge Henrique mais à frente para tirar a zona de conforto dos marcadores. Quando conseguimos o gol, o emocional, que era do Palmeiras, passa a ser nosso. Aí você consegue tirar vantagem – afirmou.
O Timão começou o jogo no mesmo sistema tático da vitória sobre o Cruz Azul, quarta-feira passada, pela Libertadores. Emerson fez a função de Alex no primeiro tempo, atuando pelo meio de campo, com Danilo e Jorge Henrique aberto pelos lados. Tite só passou Sheik para o lado esquerdo na etapa final, quando o Alvinegro, enfim, deslanchou.
– A ideia, às vezes, não se confirma no campo. A equipe só voltou quando botei Danilo dentro e Emerson pelo lado. Fiz a mudança e a equipe cresceu. – explicou.
A etapa inicial foi também de muita irritação por parte dos jogadores do Corinthians. Eles reclamaram bastante de algumas faltas marcadas pelo árbitro Marcelo Rogério. Tite revelou que conversou nos vestiários para que os atletas esquecem o apito.
– É difícil apitar um clássico, mas eu não sabia quando ele ia ou não dar uma falta. Tivemos três bolas no Danilo que eram faltas e ele só foi dar cartão no terceiro lance. E para nós...os atletas também estavam se irritando. Eu falei para deixarem o árbitro com o critério dele. O mais importante para nós era melhorarmos, crescermos – ressaltou.
O treinador falou também sobre a briga que matou um torcedor pela manhã, na zona norte de São Paulo. Segundo ele, acabar com a invencibilidade do arquirrival é importante apenas para a torcida.
– Para o torcedor é diferente. Mas que a rivalidade seja sadia. Não saim para brigar fora. Temos um espetáculo tão bonito para apreciar. Quero ser o porta-voz disso. Meu abraço no Felipe e no Murtosa antes do jogo foi para isso. Estamos fervendo por dentro, queremos ganhar, mas em um limite natural das coisas.
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