Sheik admite que precisa calibrar a mira: 'Tem de puxar a minha orelha mesmo'
Emerson passa por uma boa fase no Corinthians. Ele deixou o banco de reservas para se tornar uma das principais armas de ataque do técnico Tite. Titular em seis partidas das últimas sete do Timão, o atacante já é apontado como o melhor corintiano em campo. Apesar de o Sheik estar com o moral alto, o faro de gol está deixando a desejar. Foram apenas três em 21 jogos pelo Alvinegro, uma média bem abaixo do que o jogador está acostumado. E isso o incomoda.
- Está mesmo faltando o gol. Antes, tive passagens em dois clubes grandes e marquei mais em menos jogos. Estou bem, melhorando a cada partida, mas posso melhorar um pouco mais. Na hora certa, a bola vai começar a entrar e vai ser uma sequência.
Na sua passagem pelo Flamengo, em 2009, Emerson balançou a rede 11 vezes em 26 jogos. Uma média de 0,42 gol/partida que chamou a atenção do Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos. O Sheik acabou voltando ao futebol do Oriente Médio, mas foi por pouco tempo. No meio da temporada passada, ele acertou com o Fluminense e ajudou o time a conquistar o título do Brasileirão. Foram nove gols em vinte jogos pelo Tricolor, uma média um pouco maior do que a na passagem pelo Rubro-Negro (0,45 gol/partida).
No Corinthians, a mira não está tão calibrada. Tentativas não faltaram. Foram 36 finalizações e apenas três resultaram em gol. A metade dos chutes a gol de Emerson errou o alvo e outras esbarraram em boas defesas dos goleiros. O Sheik não consegue encontrar o motivo por que a bola cisma em não entrar e pede tempo para acertar o pé.
Média de gol por jogo de Emerson | |
---|---|
Pelo Flamengo | 0,42 |
Pelo Fluminense | 0,45 |
Pelo Corinthians | 0,14 |
- Vai entrar, esperem mais um pouquinho. Estou trabalhando forte e sei que estou deixando a desejar na hora de finalizar, mas tenho certeza de que vai entrar.
Emerson lamenta ter perdido gols em momentos importantes e, por isso, não ter ajudado o Corinthians a permanecer na liderança do Brasileirão.
No clássico contra o São Paulo, na última quarta-feira, ele subiu livre para o cabeceio dentro da pequena área, mas mandou a bola acima do travessão. O lance, aos 29 minutos do segundo tempo, poderia ter definido o jogo a favor do Corinthians, mas o placar não saiu do 0 a 0. O erro ainda martela na cabeça do atacante.
- Tem de puxar a minha orelha mesmo, porque perdi um gol de cabeça que não poderia perder. Fiquei pensando muito que poderia ter decidido o clássico e nos colocado em uma posição melhor. Dá uma tristeza, porque poderia ser diferente.
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