Dedé pode ser vendido pelo Vasco no mês de julho
Depois do "não" às investidas, o "talvez" sobre a possibilidade de vender Dedé ainda este ano. O Vasco já fez de tudo para manter e agradar o Mito em São Januário, desde aumentar o salário e até contratar o atacante Robinho,
amigo de infância do zagueiro e que estava encostado no Guarani. Mas,
nos bastidores, o clube já admite a possibilidade de perder o jogador.
Apesar de ter renovado o contrato dele até o fim de 2015 e ampliado a
multa rescisória para R$ 70 milhões, a única coisa que parece segurar o
atleta na Colina é a cláusula que o impede de sair antes do dia 1º de
julho.
Embora o Vasco, detentor de 45% dos direitos federativos de Dedé, tenha
a prioridade de compra do restante do ídolo até o meio do ano - 10%
pertencem a Ability, e os outros 45% são do Grupo DIS, parceiro do clube
na busca por reforços -, o Cruz-Maltino passa por dificuldades
financeiras e deve optar pela venda ao invés da compra. Em entrevista à
Rádio Globo, o diretor geral da Colina, Cristiano Koehler, reconheceu
ser inevitável perder o Mito este ano.
- Eu acho que sim. Acho que é muito difícil segurar o Dedé. O desejo de
todos é que ele permanecesse, mas, enfim... O clube precisa do recurso,
o jogador também quer seguir sua carreira e buscar outras
oportunidades, com melhores remunerações, e também buscando a sua
independência. Os parceiros também querem realizar o investimento. Acho
que é um somatório dos desejos das partes que vai proporcionar isso, e a
gente também precisa aqui trabalhar com lucidez para não iludir a
torcida do Vasco dizendo que o Dedé não vai sair do Vasco. Algum momento
ele vai sair - declarou durante o programa Liga dos Trepidantes, no
último sábado.
O Corinthians é um dos interessados no Brasil e já acenou com uma
proposta de R$ 21 milhões pelo zagueiro. Outro que demonstrou interesse
no jogador foi o Grêmio, apesar de o clube não ter feito ofertas ao
Cruz-Maltino. O Mito também já recebeu diversas sondagens do futebol
europeu. O dinheiro de uma possível venda começa a ser visto com bons
olhos por um Vasco em meio a penhoras judiciais e à tentativa de reduzir
a folha salarial em cerca de 30%. Apesar da situação financeira em São
Januário, Koehler garantiu que a verba por Dedé não seria só para quitar
dívidas, mas também ajudaria na busca por reforços.
- Possivelmente os dois (quitar dívidas e buscar reforços). Hoje, a
gente está priorizando o pagamento dos salários, dos tributos, dos
acordos. Só para se ter uma ideia, a gente paga por mês de atos
trabalhistas quase R$ 500 mil, tem uma folha de funcionários e fundo de
garantia que precisa cumprir. Tem que manter o clube respirando,
sobrevivendo. Então é possível que, lá no meio do ano, quando da venda
se efetivar, a gente possa utilizar boa parte no saneamento do clube,
mas também, quem sabe, no investimento em algum atleta se possível.
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