Tite e Mário Gobbi em treino do Corinthians
O contrato de Tite
termina no fim deste ano, mas ele não sai do Corinthians antes de 2014.
Quem garante é o presidente do clube, Mário Gobbi Filho. Em entrevista
ao diário Lance!, o dirigente rasgou elogios ao treinador campeão
mundial de clubes na temporada passada e ainda reclamou daqueles que
usam o Corinthians para aparecer, citando a ação popular que causou a
suspensão do pagamento da Caixa ao clube pela cota principal de
patrocínio.
- Foi só patrocinar o Corinthians que surgiu isso. É isso que cansa,
esse mel que o Corinthians tem. Todo mundo quer mamar na teta do
Corinthians, quer ser o herói. Entraram com uma ação, uma coisa
esdrúxula, sem eira nem beira. Às vezes, a gente se destempera, mas é
por causa disso. É uma mediocridade. Fazer nome em cima do Corinthians -
protestou.
No fim de fevereiro, baseado numa ação popular, o juiz Altair Antonio
Gregório, da 6ª Vara do Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul,
determinou, por meio de uma liminar, a suspensão do pagamento da Caixa
Econômica Federal ao Corinthians. A ação popular foi ajuizada pelo
advogado gaúcho Antônio Beiriz, com a alegação de que o pagamento seria
lesivo ao patrimônio público da União.
Gobbi não foi enfático apenas com esse caso jurídico. O presidente
corintiano afirmou que irá manter Tite até o fim de seu mandato à frente
do clube, em dezembro de 2014. O atual contrato do treinador termina
neste ano, mas Gobbi não cogita perdê-lo tão cedo.
- O Tite não vai sair daqui. Enquanto eu for presidente, não. (...)
Tite colocou uma regra, que o ciclo de um técnico é de três anos.
Aprendi com a vida, nos bancos acadêmicos, que toda regra tem exceção.
Ele é uma exceção. Ele não vai sair. Estamos contentes com ele, com o
trabalho dele. É uma grande pessoa, grande líder, grande comandante,
técnico que conhece profundamente o futebol. Foi um casamento que deu
certo. Não tem a menor chance de sair - decretou.
O presidente revelou ainda que o Corinthians deve ceder três jogadores
para a seleção brasileira no amistoso contra a Bolívia, no dia 6 de
abril. O jogo foi marcado para que parte da renda seja revertida à
família de Kevin Espada, garoto boliviano de 14 anos que morreu durante o
jogo entre Corinthians e San José, em Oruro, no dia 20 de fevereiro.
Ele foi atingido no rosto por um sinalizador disparado do setor ocupado
pela torcida corintiana no estádio.
- Falei com o Felipão, ele me disse que o projeto é levar um pouco de
cada time, e do Corinthians sairiam três nomes. Eu aceitei, achei justo,
então acho que nós também, numa hora dessas, de solidariedade, temos de
abrir um pouco mão das nossas prioridades. O fato surgiu em um jogo do
Corinthians, então nada mais justo estarmos de mãos dadas em prol do
jovem Kevin.
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