Presos estão preocupados com possibilidade de transferência
Depois de interceder junto à Coordenadoria Geral de Presídios da
Bolívia para impedir que os 12 torcedores corintianos presos em Oruro
fossem separados e misturados aos presos bolivianos, o ministro
conselheiro da Embaixada do Brasil na Bolívia, Eduardo Saboia, explicou
que a transferência foi apenas suspensa. Ou seja, os brasileiros ainda
correm risco de serem obrigados a dividir celas com encarcerados locais.
Os corintianos estão presos indiciados pela morte de Kevin Espada, de
14 anos, durante confronto entre San José e Corinthians, dia 20 de
fevereiro, pela Taça Libertadores. O garoto foi atingido por um
sinalizador que partiu da torcida alvinegra.
- O que me disseram é que só suspenderam (a transferência) por uma semana - explica Saboia.
O grupo teme pela própria segurança, pois dizem que, separados, não poderão cuidar uns dos outros.
- Juntos, conseguimos cuidar da nossa segurança. Mas vamos ser separados nessas quatro seções. Cada uma tem entre 150 e 200 bolivianos. Para dormir, vamos ter de pagar uns 200 (pesos) bolivianos por cabeça para ter um espaço. Vamos ingressar e ficar com esse débito. E sabe como se paga débito em cadeia, né? É lavar a roupa dos outros, tirar o lixo, vira esqueminha. Vamos perder tudo, dinheiro, roupa, documento. Mas perder os pertences é coisa mínima. Nem estou querendo mencionar nossa integridade física, agressões, ser molestado. Pode acontecer tudo isso - afirmou um dos presos, Danilo Silva de Oliveira, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
O ministro Saboia diz que chega nesta sexta-feira a Oruro para tentar acabar de vez com qualquer possibilidade de separação dos presos.
- Estamos fazendo articulações com a chancelaria, em Brasília, pois isso (separação e transferência) não pode ocorrer.
- O que me disseram é que só suspenderam (a transferência) por uma semana - explica Saboia.
O grupo teme pela própria segurança, pois dizem que, separados, não poderão cuidar uns dos outros.
- Juntos, conseguimos cuidar da nossa segurança. Mas vamos ser separados nessas quatro seções. Cada uma tem entre 150 e 200 bolivianos. Para dormir, vamos ter de pagar uns 200 (pesos) bolivianos por cabeça para ter um espaço. Vamos ingressar e ficar com esse débito. E sabe como se paga débito em cadeia, né? É lavar a roupa dos outros, tirar o lixo, vira esqueminha. Vamos perder tudo, dinheiro, roupa, documento. Mas perder os pertences é coisa mínima. Nem estou querendo mencionar nossa integridade física, agressões, ser molestado. Pode acontecer tudo isso - afirmou um dos presos, Danilo Silva de Oliveira, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
O ministro Saboia diz que chega nesta sexta-feira a Oruro para tentar acabar de vez com qualquer possibilidade de separação dos presos.
- Estamos fazendo articulações com a chancelaria, em Brasília, pois isso (separação e transferência) não pode ocorrer.
*Reportagem de Stéfano Mariotto de Moura e Hudson Nogueira, em Oruro
Nenhum comentário:
Postar um comentário