sábado, 23 de março de 2013

Timão busca 'ajustes finos' e foca desempenho no Paulistão

Tite orienta Gil Paulo André treino Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians) 
Tite orienta posicionamento da defesa em treino
 
O Campeonato Paulista começou para os titulares do Corinthians somente na quarta rodada. Após três jogos utilizando os reservas, o técnico Tite promoveu o retorno da base que conquistou o Mundial de Clubes no Japão na vitória por 2 a 1 sobre o Mogi Mirim, no Pacaembu. Com menos tempo de preparo para o início da temporada, o Timão vem encontrando algumas deficiências até agora.

Atualmente, a equipe ocupa a sétima colocação do estadual, com 22 pontos ganhos. A posição garantiria uma vaga na próxima fase, mas não da maneira como Tite deseja. Mirando o G-4 como objetivo desde o início do Paulistão, o técnico está incomodado com o excesso de empates – foram sete, em 13 jogos disputados pelo torneio. Entre os oito primeiros colocados, o Corinthians (ao lado do Linense, oitavo) é o que menos venceu, com cinco triunfos.

Embora demonstre sua insatisfação com os pontos desperdiçados, o comandante alvinegro faz questão de deixar claro que não avalia todos os empates da mesma forma: para Tite, cada jogo teve sua história, e a atuação do Corinthians em cada partida, individualmente, deve ser levada em conta. Contra o Bragantino, por exemplo, o Timão perdia por 2 a 1 até os 50 do segundo tempo, mas buscou a igualdade. Já diante do XV de Piracicaba, situação inversa: a equipe vencia até os minutos finais, e cedeu o empate ao time do interior. 

– Eu pego o desempenho sempre antes do resultado. Só vamos criar uma expectativa se fizermos um trabalho bem feito. São muitos empates, sim, mas queremos vencer mais – explicou o técnico.

São muitos empates, sim, mas queremos vencer mais"
Tite
 
A quantidade de gols sofridos e a falta de precisão nas finalizações foram as duas falhas mais recorrentes nas análises de Tite. Desde o começo da temporada, o Timão vem sofrendo com alguns tipos de jogadas dos ataques adversários – como cruzamentos para a área, por exemplo. Da mesma maneira, em seu setor ofensivo, peca pela falta de pontaria, apesar do grande número de oportunidades de gol criadas.

Na Taça Libertadores da América do ano passado, por exemplo, o Corinthians sofreu apenas quatro gols em 14 jogos. No Paulistão 2013, a equipe teve suas redes balançadas 12 vezes, em 13 partidas – média de 0,9 – acima da marca dos 0,7, considerada por Tite ideal para sua defesa. Na opinião do técnico, um preço a se pagar após o desgaste da “lotada” temporada passada.

A dupla de zaga neste ano, por exemplo, já teve cinco formações diferentes: André Vinícius e Felipe, Gil e Felipe, Gil e Chicão, Gil e Paulo André, Chicão e Felipe. Melhor para o elenco, que conta com peças de reposição prontas para entrar em campo, mas pior levando-se em conta o entrosamento, comprometido por conta das mudanças constantes.

– Temos feito treinamentos específicos. Em tudo o que você faz na vida, ganha alguma coisa e perde outra. A vinda de grupos diferentes foi necessária pelo calendário, por disputarmos o Mundial. Isso gera mudanças constantes, e às vezes perdemos a coordenação de movimentos defensivos. Ganhamos a mobilização do grupo, porque todos podem jogar, mas ajustes finos acabam se perdendo – completou Tite.

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