Tite orienta posicionamento da defesa em treino
O Campeonato Paulista começou para os titulares do Corinthians somente
na quarta rodada. Após três jogos utilizando os reservas, o técnico Tite
promoveu o retorno da base que conquistou o Mundial de Clubes no Japão
na vitória por 2 a 1 sobre o Mogi Mirim, no Pacaembu. Com menos tempo de
preparo para o início da temporada, o Timão vem encontrando algumas
deficiências até agora.
Atualmente, a equipe ocupa a sétima colocação do estadual, com 22
pontos ganhos. A posição garantiria uma vaga na próxima fase, mas não da
maneira como Tite deseja. Mirando o G-4 como objetivo desde o início do
Paulistão, o técnico está incomodado com o excesso de empates – foram
sete, em 13 jogos disputados pelo torneio. Entre os oito primeiros
colocados, o Corinthians (ao lado do Linense, oitavo) é o que menos
venceu, com cinco triunfos.
Embora demonstre sua insatisfação com os pontos desperdiçados, o
comandante alvinegro faz questão de deixar claro que não avalia todos os
empates da mesma forma: para Tite, cada jogo teve sua história, e a
atuação do Corinthians em cada partida, individualmente, deve ser levada
em conta. Contra o Bragantino, por exemplo, o Timão perdia por 2 a 1
até os 50 do segundo tempo, mas buscou a igualdade. Já diante do XV de
Piracicaba, situação inversa: a equipe vencia até os minutos finais, e
cedeu o empate ao time do interior.
– Eu pego o desempenho sempre antes do resultado. Só vamos criar uma
expectativa se fizermos um trabalho bem feito. São muitos empates, sim,
mas queremos vencer mais – explicou o técnico.
São muitos empates, sim, mas queremos vencer mais"
Tite
A quantidade de gols sofridos e a falta de precisão nas finalizações
foram as duas falhas mais recorrentes nas análises de Tite. Desde o
começo da temporada, o Timão vem sofrendo com alguns tipos de jogadas
dos ataques adversários – como cruzamentos para a área, por exemplo. Da
mesma maneira, em seu setor ofensivo, peca pela falta de pontaria,
apesar do grande número de oportunidades de gol criadas.
Na Taça Libertadores da América do ano passado, por exemplo, o
Corinthians sofreu apenas quatro gols em 14 jogos. No Paulistão 2013, a
equipe teve suas redes balançadas 12 vezes, em 13 partidas – média de
0,9 – acima da marca dos 0,7, considerada por Tite ideal para sua
defesa. Na opinião do técnico, um preço a se pagar após o desgaste da
“lotada” temporada passada.
A dupla de zaga neste ano, por exemplo, já teve cinco formações
diferentes: André Vinícius e Felipe, Gil e Felipe, Gil e Chicão, Gil e
Paulo André, Chicão e Felipe. Melhor para o elenco, que conta com peças
de reposição prontas para entrar em campo, mas pior levando-se em conta o
entrosamento, comprometido por conta das mudanças constantes.
– Temos feito treinamentos específicos. Em tudo o que você faz na vida,
ganha alguma coisa e perde outra. A vinda de grupos diferentes foi
necessária pelo calendário, por disputarmos o Mundial. Isso gera
mudanças constantes, e às vezes perdemos a coordenação de movimentos
defensivos. Ganhamos a mobilização do grupo, porque todos podem jogar,
mas ajustes finos acabam se perdendo – completou Tite.
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