Roberto de Andrade, entre o presidente Mário Gobbi e o diretor adjunto Duilio Monteiro Alves
O Corinthians foi punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça
Desportiva) na última terça-feira pela utilização de sinalizadores por
seus torcedores no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil,
contra o Luverdense, no Mato Grosso. Por conta da atitude dos
alvinegros, o Timão não disputará eventuais partidas de semifinal e
final da Copa do Brasil no Pacaembu. A diretoria do clube achou a medida
“estranha”.
Pelo Campeonato Brasileiro, o clube já havia sido impedido de mandar
seus próximos quatro jogos em casa (Bahia, Atlético-PR, Criciúma e
Santos) a uma distância menor de 100 quilômetros da cidade de São Paulo,
por conta da briga entre corintianos e vascaínos no dia 25 de agosto,
em Brasília. Os dirigentes acreditam que os critérios contra o Timão tem
sido desproporcionais ultimamente.
–Tivemos sinalizadores em Criciúma e não houve punição. É isso que nós
achamos estranho. Contra o Corinthians, é mão de ferro. Contra os
outros, é mão de pena. Aí é chato. Mas se tivermos de cumprir, vamos
fazer isso sem nenhum problema – disse o diretor de futebol, Roberto de
Andrade.
O departamento jurídico do clube vem tendo bastante trabalho em 2013.
Durante a Taça Libertadores da América, o Corinthians teve de jogar
contra o Millonarios, da Colômbia, com o Pacaembu de portões fechados,
por conta da morte do torcedor boliviano Kevin Espada, vitimado por um
sinalizador atirado pela torcida alvinegra no empate entre Timão e San
José, na estreia da Taça Libertadores da América deste ano.
Contra o Corinthians, é mão de ferro. Contra os outros, é mão de pena"
Roberto de Andrade, diretor
Após o empate sem gols com o Grêmio, na última quarta-feira, o
Corinthians deve voltar a atuar no Pacaembu somente no dia 10 de
novembro, contra o Fluminense, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Os confrontos contra Bahia e Atlético-PR, pelo Brasileirão, serão
disputados no estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim. Ainda não há
definição sobre os destinos contra Criciúma e Santos, e em eventuais
próximas fases da Copa do Brasil.
A tendência é que a diretoria aguarde os jogos em Mogi para verificar a
eficiência da logística na cidade. Caso agrade, o Timão pode adotar o
estádio local como sua casa durante o período de punição. A Arena da
Fonte, em Araraquara, também é vista como uma alternativa atraente, já
que o Corinthians já jogou lá e a moderna estrutura agradou à diretoria.
– Não existe ninguém mais cotado. Araraquara é uma opção, e Mogi
também. Existem outras cidades, tudo pode acontecer. Estamos recebendo
muitas propostas. Quero fazer primeiro os dois jogos, para depois pensar
nisso – completou Roberto de Andrade.
A "saga" do Corinthians em Mogi Mirim começa na próxima quarta-feira,
dia 2 de outubro, contra o Bahia. Há sete jogos sem vencer, o Timão
volta a campo no domingo, às 16h (horário de Brasília), contra a
Portuguesa, em Campo Grande.
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