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lance capital44 do 2ºT
Hyuri recebe lançamento preciso à la R10 de Edílson e toca na saída do goleiro Cássio para dar a vitória ao Botafogo no Maracanã. -
deu erradoTimão fechado
O Corinthians aguentou a pressão até a um minuto do fim, mas cedeu, num vacilo da sua linha de defesa. Melhor para os cariocas. -
como fica?Fogão na briga
A vitória fez com que o Botafogo não deixasse o Cruzeiro disparar na liderança. A quatro pontos da Raposa, o Glorioso segue na briga.
A pressão foi grande, e o segundo turno começou para o Botafogo do
mesmo jeito que acabou o primeiro: de maneira emocionante e com vitória
nos minutos finais. Consistente, dono de um volume invejável no ataque, o
Glorioso tentou de todos os jeitos furar o bloqueio do Corinthians,
dono da melhor defesa do Campeonato Brasileiro. E conseguiu de maneira
memorável: após parar em cima da linha e em boas defesas de Cássio, o
time carioca viu o gol salvador sair dos pés de Hyuri, aos 44 minutos do
segundo tempo, para vencer por 1 a 0, no Maracanã, e manter a
perseguição ao líder Cruzeiro. Na rodada anterior, o time de Oswaldo de
Oliveira já havia vencido o Criciúma com um gol aos 46.
Com a vitória, o Botafogo manteve-se na vice-liderança do Brasileirão,
com 39 pontos, a quatro do Cruzeiro. O Corinthians, com cada vez mais
dificuldades de entrar no G-4, chegou à terceira partida sem vencer e
ficou a cinco pontos da zona de classificação à Taça Libertadores da
América. Se o título parece palpável ao Fogão, parece cada vez mais
distante ao Timão.
Com Hyuri à frente, jogadores do Bota comemoram a vitória
O time paulista não costuma deixar que os adversários se aproximem de
sua área. Na noite desta quarta-feira, porém, a história foi diferente.
Diante de 19.843 pagantes, o Botafogo criou diversas oportunidades para
balançar as redes e sair vitorioso. Na melhor delas até poucos minutos
do fim, Seedorf driblou Cássio e tocou para o gol, mas o zagueiro Paulo
André apareceu para salvar em cima da linha, num lance que deixou
evidente que o esquema de deixar o adversário em impedimento não estava
funcionando como de costume.
Os cariocas aproveitaram as brechas do Corinthians nas laterais para
dar velocidade alucinante ao jogo. O bom ritmo do primeiro tempo
aumentou na etapa final, quando os visitantes resumiram suas jogadas a
lançamentos pouco objetivos e chutes de fora da área. Alexandre Pato,
que entrou na reta final, após ter voltado às pressas dos Estados Unidos
(onde ajudou o Brasil a vencer Portugal em amistoso na terça), chegou
perto em cabeceio, mas a bola saiu à esquerda de Renan.
O Corinthians volta a campo no próximo domingo, às 16h (de Brasília),
no Pacaembu, para enfrentar o Goiás. O Botafogo entra em campo no mesmo
dia, mas às 18h30m, para encarar o Santos, na Vila Belmiro.
Seedorf passa por Alessandro no Maracanã
Botafogo começa melhor
O Corinthians tem a melhor defesa do Campeonato Brasileiro. Começou a
rodada com apenas oito gols sofridos em 19 jogos, muito por conta do
sistema de compactação – as linhas de defesa e meio-campo jogam próximas
e não dão espaço ao adversário. Isso não aconteceu no Maracanã.
Consistente, o Botafogo, aproveitando-se principalmente de jogadas pelas
laterais, mostrou em poucos minutos por que está brigando na parte de
cima da tabela do Campeonato Brasileiro. Correu, driblou, finalizou...
Parou em cima da linha.
Em um ritmo de jogo imparável, o Botafogo acuou o Corinthians. Seedorf
protagonizou a melhor chance dos cariocas aos 16 minutos: invadiu a
área, escapando da linha de impedimento adversária, driblou Cássio e
chutou. No meio do gol, Paulo André evitou por centímetros que os donos
da casa abrissem o placar.
Seedorf driblou Cássio, mas chutou em cima de Paulo André
Explorando as laterais, o time de Oswaldo de Oliveira tocou melhor a
bola e colocou o Timão para correr. Mesmo sob os incessantes gritos de
Tite, Alessandro deu espaço para que o Botafogo criasse pelo lado
esquerdo. Mantido em sua posição original para que Edenílson fosse
adaptado no meio-campo, o capitão do Corinthians quase deixou a bola de
graça para Seedorf, após bater cabeça, literalmente, com o goleiro
Cássio. O holandês ainda teve outra boa chance, num voleio mal sucedido.
As tentativas da defesa do Corinthians de deixar o ataque botafoguense
em impedimento falhavam jogada após jogada. Até mesmo o auxiliar de
Tite, Cléber Xavier, deixou o banco de reservas para cobrar os zagueiros
alvinegros por uma melhora no quesito. Quarenta e cinco minutos de um
jogo truncado, com vantagem para o Glorioso.
Hyuri brilha e dá a vitória
No vestiário, os jogadores do Botafogo já podiam saber da vitória por 2
a 1 do Cruzeiro sobre o Goiás, resultado que fazia a Raposa ampliar de
quatro para seis pontos a sua vantagem na liderança. Coincidência ou
não, o ritmo do time carioca, que já era acelerado, aumentou.
Determinados, os donos da casa, foram instruídos por Oswaldo de Oliveira
a aproveitar as brechas deixadas pelo Timão pelas laterais. E
continuaram apostando na velocidade.
Marcelo Mattos deu pouco espaço para Emerson
Em busca de um contra-ataque para surpreender o adversário, o
Corinthians parecia adotar outro estilo de jogo em relação ao que foi
apresentado até aqui no Brasileirão. O time de Tite não tinha a bola – a
posse foi de 57% do Botafogo, contra 43% do Corinthians. No primeiro
minuto, a equipe paulista até assustou o goleiro Renan com um chute de
fora da área de Danilo. A troca de passes, neutralizada pelo bom
posicionamento da defesa botafoguense, deu lugar a jogadas que incluíam
lançamentos longos e, em algumas oportunidades, “chutões”.
A criação nula do Corinthians contrastava com a pressão do Botafogo.
Aos 20 minutos, Cássio salvou o Timão num intervalo de poucos segundos:
primeiro, fechou o ângulo para evitar o gol de Edílson, em finalização à
queima-roupa pela direita. Depois, no rebote do escanteio, defendeu
novo chute do lateral-direito do Botafogo. A segurança que sobrava ao
goleiro faltava aos atacantes da equipe.
Ciente da baixa efetividade do Corinthians, Tite lançou Alexandre Pato –
que viajou 10 horas de Boston, onde estava com a seleção brasileira,
para jogar no Rio de Janeiro – no lugar de Romarinho. Ele assustou a
torcida do Botafogo com um cabeceio, mas pouco mudou. Assim como o jovem
Paulo Victor, que substituiu Emerson Sheik.
Ao Botafogo, restou o "abafa": o time carioca tentou de todos os jeitos
furar o bloqueio do Corinthians. E conseguiu. Aos 44, o habilidoso
Hyuri recebeu passe à la Ronaldinho Gaúcho de Edílson, entrou na área e,
na saída de Cássio, tocou de cavadinha para dar a vitória aos donos de
casa. Explosão no Maracanã. O Alvinegro se mantém forte na briga pelo
título brasileiro.
Hyuri comemora o gol que deu ao Botafogo a vitória no fim
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