Punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por conta da
briga entre torcedores na partida contra o Vasco, no dia 25 de agosto,
em Brasília, o Corinthians jogará com portões fechados contra Bahia e
Atlético-PR, pela 25ª a 27ª rodadas do Campeonato Brasileiro,
respectivamente. A informação foi confirmada por Luiz Bussab, diretor
jurídico do clube, na tarde desta quarta-feira.
Inicialmente, o Tribunal havia decidido que o Corinthians jogaria sem
sua torcida em quatro partidas da competição nacional: duas com portões
fechados e duas apenas com torcedores visitantes. Porém, após entregar
defesa na última sexta-feira, por meio de João Zanforlin, um de seus
advogados, o Timão conseguiu reverter a pena, reduzindo-a para apenas
dois jogos.
Timão atuou com portões fechados pela Libertadores desse ano
O caso ainda terá outros capítulos. O Pleno do STJD julgará o clube do
Parque São Jorge no dia 26 de setembro, e há possibilidade remota de as
partidas contra baianos e paranaenses, marcadas para os dias 2 e 9 de
outubro, respectivamente, serem mandadas para qualquer local a 100
quilômetros da capital paulista. Nesse caso, a presença de torcedores
seria permitida.
O fato de a venda para ingressos contra Goiás e Cruzeiro - os dois
próximos jogos do Corinthians no estádio do Pacaembu pelo Brasileirão -
terem começado de forma prévia ajudou na defesa. Os bilhetes para o
confronto diante dos goianos serão comercializados nas bilheterias a
partir desta quinta. Já para o duelo com a Raposa, a venda ainda está
restrita aos sócios-torcedores.
O clube já havia passado pelo mesmo durante a Taça Libertadores deste
ano. Após a morte do garoto Kevin Espada, torcedor do San José, da
Bolivia, atingido por um sinalizador que partiu da torcida do Timão, o
time teve de mandar o jogo seguinte contra o Millonarios, da Colômbia,
com o Pacaembu fechado. Quatro torcedores acionaram o clube na justiça e
ainda conseguiram entrar no estádio.
Corinthians e Vasco foram enquadrados nos artigos 213 por deixarem de
tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens (os
cariocas ainda responderam pelo artigo 191, da responsabilidade sobre a
segurança dos torcedores). Mas o artigo que permitiu a adoção de
precedentes internacionais na aplicação da pena é o de número 283, para
"casos omissos e as lacunas" do código brasileiro.
Corintianos e vascaínos entraram em confronto no dia 25 de agosto, em Brasília
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