Árbitro Wagner Reway em atuação na partida entre Corinthians e Atlético - MG
De um lado, o líder do Brasileirão da Série A e do outro, um time suando a camisa para vencer e não se aproximar da zona de rebaixamento do campeonato. No comando desses extremos, um árbitro de Mato Grosso.
Wagner Reway está acostumado a lidar com partidas acaloradas, quando a torcida se transforma no 12º jogador em campo. Segundo ele, a preparação física e psicológica é decisiva para uma atuação em momentos difíceis. Neste último domingo, não foi diferente. Em campo, Corinthians e Atlético Mineiro duelaram pela 36ª rodada do Brasileirão da Série A em um Pacaembu lotado e as decisões fracionadas em segundo, segundo ele, foram decisivas.
- O campeonato está na reta final. No domingo [o Corinthians] não era líder, mas até então na rodada anterior era líder e tornou-se líder com a vitória. Foi um jogo de alta periculosidade e bastante difícil – disse o árbitro ao GLOBOESPORTE.COM.
O comentarista de futebol da Rede Globo, Arnaldo César Coelho chegou a ficar receoso com o lado disciplinar de Reway.
- Ele apitou tudo e por isso perdeu até uma das leis da vantagem. A lei da vantagem é quando o time sofre a falta e apesar de ter sofrido a falta, segue o jogo levando a vantagem. Mas apitou bem, de um modo geral, deu dois cartões só. Ele tem um bom preparo físico – disse o comentarista.
Em relação à própria atuação em campo, o árbitro desconversa.
- Eu sou proibido de falar pela comissão nacional [de arbitragem] sobre os lances do jogo. O que eu posso falar em relação aos jogos é que as interpretações cada um vê de uma maneira, o ângulo para quem está dentro de campo muda muito, não tenho replay, câmera lenta – apontou.
Autocrítico, Reway assitiu a Corinthians e Atlético Mineiro três vezes. A intenção é melhorar a atuação dentro de campo.
- Nós temos menos de um segundo para decidir. Eu revi o jogo umas três vezes até porque o meu maior interesse é melhorar cada dia mais para poder representar o estado o mais longe possível - ressaltou.
O Brasileirão da Série A está prestes a terminar e o mato-grossense ainda espera apitar uma partida importante do campeonato. Ele ainda é árbitro aspirante da Fifa e também quer conquistar uma vaga para comandar uma partida oficial da federação.
- Dez árbitros concorrem todo ano na Fifa desde que tenha a vaga. A cada ano esta lista é renovada e eu tenho essa chance. Por conta da vaga, eu sou o aspirante mais novo e, por isso, tenho grandes chances de um dia conquistá-la – finalizou.
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