sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Julio Cesar admite que sofreu pressão após falha, mas diz que Andrés o bancou durante 'fritura'

Goleiro foi cobrado, mas sempre contou com apoio de Tite e agora sonha com título
Goleiro foi cobrado, mas sempre contou com apoio de Tite e agora sonha com título

Julio Cesar é candidato a receber da CBF o prêmio de melhor goleiro do Campeonato Brasileiro. Apesar de ter conquistado o júri especializado consultado pela entidade, ele ainda precisa convencer parte da torcida, e até mesmo pessoas influentes no Corinthians, que tem condições de ser titular da equipe alvinegra.
  • Jorge Araujo/Folhapress
Após a falha do camisa 1 na derrota para o América-MG (no dia 6), ganharam força as opiniões internas de que é necessário contratar um goleiro para a Libertadores de 2012. Os nomes de Fábio, do Cruzeiro, e Victor, do Grêmio, atletas com passagem pela seleção brasileira, foram especulados.

Julio admite que foi uma semana difícil, mas o apoio de Tite, do preparador de goleiros Mauri e do presidente Andrés Sanchez ajudaram-no a superar. Dez dias depois, ele foi um dos melhores em campo na vitória por 1 a 0 sobre o Ceará.

“Naquela mesma semana do jogo contra o América, o Andrés me encontrou na cozinha [do CT Joaquim Grava] e disse para eu ficar tranquilo. Falou que tinha vazado uma noticia de dirigentes que estavam me ‘fritando’. Disse que as pessoas que estão do lado dele gostam muito de mim. Fiquei tranquilo, porque ninguém do lado do presidente falou aquilo”, declarou, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

“Se querem contratar outro goleiro, respeito, é a opinião de cada um. Só acho que estou fazendo um campeonato muito bom, o mais regular. As médias das minhas notas são boas, temos a defesa menos vazada. Fico um pouco triste porque os goleiros que estão falando de trazer para cá não estão fazendo um campeonato tão bom assim. Não valorizam o que a gente faz dentro do clube”, acrescentou.

Após o gol sofrido contra o América, em um cobrança de falta no canto que protegia, Julio Cesar virou alvo de críticas. “Era uma bola defensável, mas não foi para tudo isso que se criou”, opinou.

Pesaram contra o atleta de 27 anos, prata da casa, as falhas contra o Goiás, na última rodada do Brasileiro de 2010, e Santos, na final do Paulista deste ano (gol de Neymar). “Sempre recebo críticas, e respeito todos. Mas depois do jogo contra o América, criou-se uma situação muito desfavorável, então foi um momento de muita pressão. Foi uma semana difícil, para você entrar em campo de novo foi muito complicado, o time precisava ganhar do Atlético-PR. As pessoas mais próximas de mim, o Tite, o Andrés e o treinador de goleiros, valorizaram o meu trabalho. Fico contente com isso e tranquilo.”

Agora, Julio Cesar está perto de sagrar-se campeão brasileiro. Contra Figueirense, domingo, e Palmeiras, no dia 4, lutará pelo seu primeiro título como titular. “Tem um caminho longo, são dois jogos difíceis, mas é uma forma de marcar o nome na história do clube, ficar eternizado. Ninguém vai apagar, ninguém vai esquecer”, comentou.

UOL

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