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lance capital40 do 2º tempo
Sheik bate pênalti , e o goleiro Wagner espalma para escanteio. Na cobrança, Felipe, de cabeça, marca e 'salva' Emerson no
Pacaembu. -
nome do jogoPato
Único titular relacionado para o jogo, o atacante começou no banco. Entrou aos 16 do 2º tempo e botou fogo na partida. Está em grande fase. -
como fica?Dentro do G-8
Com a vitória o Corinthians voltou a ocupar uma vaga no grupo dos oito melhores, que avançam à fase de mata-mata. O time não vencia havia cinco jogos.
Foi sofrido, com uma sequência de desespero e alívio que deu alegria à
Fiel no Pacaembu. Com os reservas, e em noite de tempestade, o
Corinthians venceu o Ituano por 3 a 2 e encerrou um jejum de mais de um
mês sem vitória pelo Campeonato Paulista. O último triunfo havia sido na
estreia de Alexandre Pato - goleada sobre o Oeste de Itápolis, no dia 2
de fevereiro.
Com o camisa 7 como único titular relacionado para a partida, mas
começando no banco, a torcida não esperava tanta ação neste sábado. O
Timão ficou à frente do placar duas vezes, mas sofreu com pequenos
vacilos de sua zaga e cedeu o empate em ambas as oportunidades. O
triunfo viria somente nos minutos finais, em cabeçada certeira de
Felipe, logo após Emerson Sheik desperdiçar cobrança de pênalti - o
atacante admitiu após o jogo que está "em uma das piores fases da
carreira."
O Corinthians volta a campo na quarta-feira, às 22h (horário de
Brasília) contra o Tijuana, do México, pela Taça Libertadores da
América, no Pacaembu. Pelo estadual, o Timão enfrenta o União
Barbarense, no sábado, também em casa. Já o Ituano encara o XV de
Piracicaba no estádio Novelli Júnior, em Itu, na sexta-feira.
Emerson Sheik, em lance do jogo entre Corinthians e Ituano
Chuva de gols
Nem mesmo o ótimo sistema de drenagem do Pacaembu foi capaz de evitar
que algumas poças d’água se formassem no gramado, tamanha era a
tempestade que começou a cair meia hora antes da partida. Os raios e
trovões não desanimaram a Fiel, que parecia ainda mais animada que o
normal com o mau tempo. O clima contagiou também as duas equipes, que se
lançaram ao ataque desde o início.
Sem se intimidar por sua condição de visitante, o Ituano não adotou a
postura cautelosa que a maioria dos adversários corintianos no Pacaembu
costuma utilizar. Com um meio-campo compacto e rápido, o time do
interior apostava em lançamentos longos e em cruzamentos para o meio da
área. Danilo Fernandes chegou a se atrapalhar com a bola molhada, mas
nada que prejudicasse o Timão nos minutos iniciais.
A transição do Corinthians entre defesa e ataque era falha. Ainda sem o
ritmo de jogo apresentado no fim do ano passado, quando disputou o
Mundial de Clubes no Japão, o meia Douglas abusava dos passes errados.
Mais adiantado devido à presença de Willian Arão na contenção, Guilherme
ajudava a pressionar a saída de bola do Ituano, mas o Timão encontrava
dificuldades nos toques curtos no setor ofensivo.
A brecha encontrada pelo Corinthians viria em uma jogada coletiva de
qualidade. Romarinho enfiou para Emerson, que, da esquerda, cruzou para
Edenílson ajeitar e chutar para abrir o placar.
A reação do Ituano viria seis minutos depois: em cruzamento de Fernando
Gabriel, Cleber cabeceou à queima-roupa, empatando o jogo. Insistente, o
time do interior continuou criando jogadas e encontrando jogadores às
costas da zaga adversária. Poderia ter conseguido a virada.
Em busca de demonstrar serviço ao técnico Tite, os reservas do
Corinthians corriam sem parar. Um dos que mais se movimentavam,
cumprindo função tática importante no meio-campo, Guilherme foi premiado
com um belo gol após tanta disposição - uma pancada de falta.
O Ituano, porém, voltou a empatar. Com liberdade na área, o meia
Luciano recebeu e tocou colocado, no canto esquerdo de Danilo Fernandes.
Mais uma prova que, nem de longe, a chuva esfriou o clima do confronto.
A ausência de um centroavante de ofício foi sentida pelo Corinthians
nas jogadas ofensivas do início da etapa complementar. Emerson saía para
o jogo e atraía a marcação, mas sentia dificuldades para se entender
com Romarinho. Quando utilizado como pivô, o parceiro de ataque de Sheik
se atrapalhava com a bola e não conseguia fazer as tradicionais tabelas
protagonizadas à exaustão pelo peruano Paolo Guerrero.
Timão pressiona
Um pouco mais resguardado que no primeiro tempo, o Ituano parecia
satisfeito com o empate. O time visitante pasou a investir em raros
avanços ao ataque pelos flancos. Do lado corintiano, Douglas, ainda
muito mal na troca de passes, arriscou dois chutes de fora da área que
arrancaram gritos animados da Fiel, mas nada que desse trabalho ao
goleiro Wagner.
Quem não estava feliz com o empate era o técnico Tite. Impaciente em
sua área de trabalho, caminhando de um lado para o outro, o comandante
chegou a entrar em campo para tirar uma bola arremessada equivocadamente
por um gandula e evitar que o Timão perdesse tempo no jogo. Aos 15
minutos, ele deixou a torcida ainda mais animada: chamou Alexandre Pato,
único titular relacionado para esta partida, para entrar no lugar de
Igor.
Com cinco minutos em campo, Pato fez mais que os outros atacantes na
partida inteira. Em sua primeira jogada, saiu cara a cara com Wagner e,
por pouco, não conseguiu driblar o goleiro. Depois, limpou a marcação da
entrada na área e disparou chute forte, que bateu na rede pelo lado de
fora. Na sequência, em levantamento pelo lado esquerdo, desviou de
cabeça e só não recolocou o Timão em vantagem porque a zaga do Ituano
salvou em cima da linha.
A chuva parou, mas o Corinthians teve oportunidade de fazer valer o
ditado: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Em jogada
individual pela esquerda, Alexandre Pato invadiu a área e foi derrubado
por Cleber. O árbitro marcou pênalti. Na cobrança, frustração para a
Fiel: Emerson Sheik, que já havia desperdiçado penalidade na goleada por
5 a 0 sobre o Oeste de Itápolis, voltou a errar.
Mal sabiam os torcedores que o alívio viria no lance seguinte. Como o
goleiro Wagner espalmou o pênalti para a linha de fundo, o Corinthians
ganhou o escanteio. Na cobrança de Douglas, o zagueiro Felipe, que usava
uma touca para proteger um machucado, subiu mais que a defesa do Ituano
e empurrou a bola para a rede, de cabeça. Fim do jejum de vitórias pelo
estadual. E do jeito que o alvinegro gosta: sofrido até o fim.
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