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lance capital25 do 2º tempo
Arce cobra falta da esquerda, Aguilar desvia em posição de impedimento, e Gandolfi completa para fazer o gol da vitória do Tijuana. -
arbitragemsem critério
Victor Carrillo fez o jogo ficar tenso de forma desnecessária. Permitiu discussões e brigas em campo. E ainda houve o gol irregular validado. -
deu erradolaterais
Alessandro sofreu por 70 minutos para marcar Fidel Martinez, até ser substituído por Edenílson. Do outro lado, Fábio Santos não teve vida fácil diante de Riascos.
O Corinthians pode dizer que ostentou uma invencibilidade de 16 jogos e
mais de dois anos na Taça Libertadores, mas não poderá se gabar de ter o
recorde histórico da competição. Nesta quarta-feira, diante de um
arisco e ousado Tijuana, o Timão caiu por 1 a 0, no México, e conheceu
sua primeira derrota internacional desde o trauma de 2011, quando levou 2
a 0 do Tolima, da Colômbia, e foi eliminado na fase prévia da
Libertadores. Méritos para a equipe mexicana, estreante na competição,
mas com pinta de veterana.
O maior período de jogos sem perder na Libertadores continuará sendo
dos peruanos do Sporting Cristal: 17 partidas. O gol do Tijuana foi
marcado por Javier Gandolfi, aos 20 do segundo tempo, em jogada que
deveria ser anulada por impedimento. A má arbitragem de Victor Carillo,
aliás, contribuiu para que o jogo fosse tenso em alguns momentos, com
lances violentos e confusões em campo.
O curioso é que Paulinho teve dois gols anulados no primeiro tempo,
ambos por impedimento e marcados de forma correta – do mesmo lado em que
saiu o gol do Tijuana. Agora, o Timão liga o sinal de alerta: são cinco
pontos de distância para o time mexicano, líder do Grupo 5 da
Libertadores com nove pontos. O Timão tem quatro, e o Millonarios, três.
Timão e Tijuana voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, às 22h
(horário de Brasília), no Pacaembu. Antes, porém, os comandados de Tite
jogam pelo Campeonato Paulista contra o Ituano, sábado, às 18h30, também
no Pacaembu.
Alessandro, do Corinthians, mostra as travas da chuteira a Benny Corona
Tijuana conhece a Libertadores
Tijuana jamais havia vivido um clima de Taça Libertadores, mas parece
ter tomado gosto pela competição rapidamente. Com estádio praticamente
lotado e pressão a cinco metros do banco de reservas, os Xolos
conseguiram estabelecer um ritmo que assustou “El Campeón”, como o
Corinthians foi chamado na cidade durante a semana. A chave era pelas
pontas, com os bons Fidel Martínez e Duvier Riascos nas costas de
Alessandro e Fábio Santos.
O goleiro Cássio não chegou a trabalhar muito, mas o Tijuana chegou
mais perto do gol no primeiro tempo – Riascos chutou por cima a melhor
oportunidade. A equipe bem arrumada por Antonio Mohamed só pecou ao
exagerar em algumas divididas, causando clima tenso em campo e
arruinando a arbitragem do peruano Victor Carrillo. Nas arquibancadas, a
torcida se animou com o ambiente. Em meio a copos enormes de cerveja e
generosas porções de tacos, os fãs dos Xolos sentiram que o momento era
deles.
A equipe da casa não correspondeu e continuou se estranhando com os
corintianos. Gandolfi com Guerrero, Moreno com Gil, todos com o árbitro.
O futebol ficou em segundo plano. Ao menos, o Timão se adaptou
rapidamente à grama sintética. Por volta dos 15 minutos, Guerrero e Pato
já trocavam passes em profundidade, e Danilo se mostrava dominante
pela esquerda. Faltou chutar mais a gol, algo cobrado por Tite desde o
início do ano. Só Renato Augusto tentou obedecer ao chefe, mas sem
sucesso.
Alexandre Pato até começou bem, mas depois caiu de produção
Fim da invencibilidade
Tijuana e Corinthians, enfim, entenderam que chutar a gol é a melhor
maneira de efetivamente fazer o gol. De longe, começou a troca de
sustos dos dois lados. Guerrero exigiu boa defesa de Saucedo em jogada
individual. Minutos depois, foi a vez de Pellerano fazer Cássio
trabalhar ao defender uma bomba que veio quase da intermediária. E o
jogo começou a ficar mais técnico, como se esperava de duas equipes tão
competitivas.
Apesar de alguns bons momentos, o Corinthians jamais ficou totalmente à
vontade na grama sintética. Enquanto isso, o Tijuana imprimiu outra
velocidade, sempre com Martinez e Riascos. Mais uma vez, a torcida
sentiu que era o momento dela. Era também o momento do gol, mas na bola
parada. Aos 20, após cobrança de falta de Arce, Aguilar desviou no
primeiro pau e deixou Gandolfi livre para marcar: 1 a 0 Xolos. O
comentarista Leonardo Gaciba, da TV Globo, afirmou que houve impedimento
no primeiro lance – o desvio de Aguilar.
Era o que faltava para a já alegre torcida do Tijuana se soltar de vez.
A partir dos 30 minutos, os gritos de “olé” foram aumentando. Sósia de
Neymar, inclusive nos dribles ousados, Martinez passou a mostrar todo
seu repertório e enlouquecer o Estádio Caliente – mesmo sem levar perigo
real a Cássio. Só serviu mesmo para o clima voltar a esquentar, com
jogadas ríspidas dos dois lados.
Tite agiu muito tarde ao tirar Alessandro, que passou 70 minutos
levando sufoco do rápido ataque do Tijuana. A saída de Paulo André para a
entrada de Romarinho sinalizou o tudo ou nada. Deu nada. Após mais de
dois anos, o Corinthians voltou a perder um jogo de Taça Libertadores.
Gosto amargo, muito amargo, ainda mais quando o rival que o vence abre
cinco pontos de vantagem no grupo. Agora, o sinal de alerta está ligado.
Fidel Martinez e Paulinho, em lance do jogo entre Tijuana e Corinthians
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