As
denúncias de que os familiares de Kevin Beltrán Espada não receberam
nenhum tipo de ajuda do Corinthians parecem ter tocado a diretoria do
clube boliviano. O presidente Freddy Fernandéz declarou neste sábado que
tem o interesse de se encontrar com o mandatário Mário Gobbi para
agendar os detalhes de um amistoso entre as equipes. A renda seria toda
revertida para os parentes do torcedor, morto por um sinalizador na
estreia dos times na Copa Libertadores.
"O jogo pode ser em Oruro ou em Cochabamba, já que o
Kevin era de lá. Em abril, iremos ao Brasil para a última partida da
fase de grupos da Libertadores, contra o Corinthians, e esperamos
acertar a situação desse amistoso", declarou o mandatário, em entrevista
ao jornal Estado de S. Paulo.
O dirigente também explicou os motivos que levaram o San
José a não doar nenhuma quantia aos familiares de Kevin, que tinha
apenas 14 anos. O presidente afirmou que os parentes foram procurados
pela diretoria do clube em um primeiro momento, mas se negaram a receber
qualquer compensação pela morte do torcedor. O boliviano foi atingido
no rosto por um sinalizador de navio e morreu nas arquibancadas do
estádio Jesús Bermúdez, em Oruro.
"Num primeiro momento, a família de Kevin não queria
ajuda financeira de ninguém, mas as recentes doações que eles receberam
mostram que a situação mudou", disse Fernandéz, que já avalia os
calendários das duas equipes para organizar o duelo com o Corinthians.
"Estamos estudando as melhores datas e, por isso, precisamos considerar
todas as situações."
A morte de Kevin levou o Corinthians a ser punido pela
Conmebol com portões fechados durante toda a Copa Libertadores. Embora
um menor de idade tenha prestado depoimento no Brasil para assumir a
culpa pelo homicídio, a Justiça boliviana mantém 12 torcedores
alvinegros presos em uma delegacia de Oruro. A polícia local considera
que os detidos tiveram envolvimento no caso e cogita enquadrá-los como
cúmplices no processo.
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