Capitão do Corinthians desde a campanha que levou o time de volta à elite do futebol nacional até o final do ano passado, quando encerrou a carreira profissional, William tem se dedicado no momento a uma aventura por diversos países da Europa. Mas sem deixar de acompanhar seu último clube, onde foi campeão paulista e da Copa do Brasil, porém viu o título brasileiro de 2010 escapar. De longe, o ex-defensor torce para a equipe desta vez ter um final diferente.
Para isso, ele aconselha o elenco atual a tentar esquecer o desgaste físico e mental - típico de final de competição e que pode ter sido prejudicial nas últimas rodadas do ano passado. "Ser campeão brasileiro é muito difícil. Na reta final, quando o corpo está cansado da temporada, a mente começa a querer pensar nas férias. É a hora de focar e buscar superar essa vontade de "acabar" logo. Cada jogo se torna mais tenso, e a parte psicológica geralmente é determinante para ter um grupo vencedor ou não", diz o "Capita", apelido que o marcou no Parque São Jorge.
O roteiro de viagem do ex-corintiano começou em 1º de abril, quando partiu de São Paulo em direção a Londres. Durante aproximadamente seis meses, estudou inglês lá e em Malta. Depois disso, ele refez as malas e foi visitar mais países, como Espanha, Alemanha, Suécia, Turquia e Hungria. Nesta semana, a parada foi na República Tcheca, mais precisamente na capital Praga.
Por quase não parar, William se inteira a respeito do Corinthians, atual segundo colocado do Brasileiro, com dificuldade. "Estou acompanhando da maneira que eu posso. A internet é a forma mais eficaz. Sempre vejo os resultados da rodada. Às vezes acompanho também (narrações) minuto a minuto e obviamente torço pelo sucesso dos meus amigos", conta o antigo líder do grupo e gerente de futebol - a experiência no cargo da diretoria do clube foi bastante breve -, que procura não perder contato com o zagueiro Paulo André, o lateral direito Alessandro e o goleiro Julio Cesar.
Os três são alguns dos jogadores que permaneceram e estão diante da segunda chance de ganhar o campeonato. Em 2010, o time oscilou muito e se reergueu no fim, assim que Tite foi contratado e acumulou cinco vitórias e três empates, mas não passou da terceira posição. Ao comparar as formações, o comandante recentemente avaliou a anterior como técnica e a atual como competitiva. "Concordo", diz William. "Menos qualidade técnica não significa mais fraco. Apenas diferente. Esse grupo tem condições de vencer, como no ano passado também tinha", concluiu o mochileiro, com volta marcada para 30 de novembro, dias antes do final do torneio.
Dois pontos atrás do ponteiro Vasco na classificação (55 contra 57), o Corinthians tem pela frente sete rodadas para tentar tirar essa diferença. A primeira delas será no domingo, quando recebe o vice-lanterna Avaí, no Pacaembu. Os outros seis adversários da sequência final são América-MG (fora), Atlético-PR (casa), Ceará (fora), Atlético-MG (casa), Figueirense (fora) e Palmeiras (casa). Nas contas da comissão técnica, o campeão brasileiro da temporada terá em torno de 71 pontos, assim como em 2010. Seria preciso somar, portanto, no mínimo mais 16 dos 21 pontos possíveis.
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