Andrés Sanchez passeou com muito custo pelo terreno de Itaquera, na quinta-feira, antes do anúncio de que o futuro estádio do clube que ele preside será palco da abertura da Copa do Mundo de 2014. A maior parte das pessoas se aproximou do ex-atacante Ronaldo, entretanto o dirigente também foi cercado por funcionários que prestam serviço à construtora Odebrecht e queriam uma fotografia a seu lado. Incomodado com o assédio, ele relaxou o semblante apenas quando um operário se disse corintiano. "Vamos meter bronca, hein? Vamos terminar antes do que aquela b... de Belo Horizonte?", brincou.
Enquanto a empreiteira aponta a conclusão da obra em dezembro de 2013 - e a Fifa permite a entrega em fevereiro de 2014 -, o mandatário corintiano confia que o estádio estará pronto até setembro (mês de aniversário do clube) de 2013. O otimismo destoante de Andrés se explica pelo bom andamento das obras, no entendimento do engenheiro responsável, Frederico Barbosa.
"Ele já viu o poder de fogo da construtora, tem o apoio dos governos estadual e municipal de São Paulo e, pelos resultados, tira as suas próprias conclusões", diz o gerente de produção. "Nosso cliente pode ter certeza de que faremos todos os esforços para isso, mas não podemos garantir antecipação de três meses, sendo que a obra se encontra em fase de fundação no momento".
Questionado se houve pedido de Andrés para acelerar a construção, Barbosa garantiu que não. "Nós já escutamos isso. Ele pode até ter externado, mas de forma alguma nos pressionou ou fez alguma solicitação para anteciparmos. A construtora tem contrato e vai segui-lo", enfatizou o engenheiro da Odebrecht, ao informar que mais de 500 operários estão trabalhando no local.O deboche de Andrés a respeito do Mineirão, de Belo Horizonte, talvez tenha sido motivado pela incerteza de quem sediaria a abertura da Copa meses atrás. Embora o dirigente sempre tenha se gabado de que o jogo inaugural seria em Itaquera - como foi confirmado pela Fifa, nesta quinta-feira -, o estádio da capital mineira recebeu recentemente visitas da presidente da República, Dilma Roussef, do ex-jogador Pelé e do presidente da Confederação Brasileira (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Teixeira, e alimentou suas esperanças na disputa particular.
No fim, Belo Horizonte ficou mesmo sem o jogo de estreia, mas foi contemplada com seis jogos, mesmo número de São Paulo. Dentre eles, um das oitavas de final e uma semifinal do torneio.
Caso a competição entre as duas arenas prossiga, mesmo depois de definida a abertura em São Paulo, a futura casa corintiana terá que correr bem para ultrapassar o estádio de Minas Gerais. Informações mais recentes dão conta de que o estádio em Itaquera tem aproximadamente 15% das obras concluídas, ao passo que os trabalhos na reforma do Mineirão já evoluíram 38%.
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