Emerson, feliz da vida, em treino do Corinthians
O atacante Emerson
viveu os mais diversos tipos de momentos no Corinthians. Herói da
inédita conquista da Taça Libertadores da América, no ano passado, o
jogador atravessou problemas sérios no início desta temporada. Faltou a
treinos, voltou a ter imbróglio com o Ministério Público, foi para o
banco de reservas e chegou a ser cogitado como moeda de troca para a
chegada do zagueiro Dedé. Fato este que o Timão descartou, levando Sheik às lágrimas, de emoção.
A possibilidade de ser trocado com o Vasco deixou Emerson preocupado. O
atacante se disse feliz por ser sondado por um dos maiores clubes do
Brasil, mas esclareceu que jamais pensou em colocar um ponto final em
sua trajetória no Corinthians desta maneira. Ofertas para sair,
especialmente do Oriente Médio, não faltam. A intenção do jogador,
atualmente com 34 anos, é encerrar a carreira no clube do Parque São
Jorge.
O Vasco é grande demais, meu pai era vascaíno, meu pai também é, mas a paixão pelo Corinthians é maior do que qualquer coisa"
Emerson
– Um jornal no Rio lançou uma foto minha com o Dedé, e eu recebi
através de um amigo meu. Ele me perguntou se eu estava indo para lá... O
Vasco é grande demais, meu pai era vascaíno, meu irmão também é, mas a
paixão pelo Corinthians é maior que qualquer coisa. Eu vi aquilo e
falei: “P..., não é possível. Meu final aqui não pode ser assim”. Quando
eu vi a posição do Corinthians chorei pra cacete. Mostra o carinho que a
instituição tem comigo – afirmou.
– Eu quero jogar enquanto aguentar, mas aguentar de verdade. Não quero
roubar. Não quero estar aqui se não puder jogar com intensidade e
agressividade, sendo participativo e competitivo. Sempre deixei isso
claro. Recebi muitas ligações, mas minha prioridade é o Corinthians.
Sempre será – argumentou.
A chegada de Alexandre Pato, contratado do Milan por R$ 40 milhões,
somada aos atrasos em treinos e à má fase atravessada por Emerson
colocou o atacante no banco de reservas. Sincero, ele justificou as
chegadas fora do horário aos treinamentos, mas não contestou a decisão
da diretoria em multá-lo (o valor não foi divulgado).
O problema teria acontecido devido à ausência da babá que cuidava de
seus filhos, Emerson Filho e Henry. “Viciado” nos pequenos garotos, como
ele mesmo define, Sheik disse ter ficado com medo quando foi acusado
pelo Ministério Público por contrabando de veículos, em fevereiro deste
ano. Temeroso em manchar a própria imagem com os filhos, o atacante se
revoltou com o contexto que envolveu a ação movida pela Polícia Federal.
– Tenho a consciência tranquila de que não fiz nada de errado, mas é
lógico que tenho medo. Foram mais de 100 carros apreendidos, mas só meu
nome fica em pauta toda hora. Entendo que sou o Emerson, que joga no
Corinthians, mas não participei de nada. Posso comprar um carro com o
dinheiro do meu trabalho sem ter de me envolver em coisa errada –
desabafou.
Enquanto isso, dentro de campo...
Emerson é fã de jogos decisivos. Gosta de entrar em campo em clássicos e
partidas “quentes”. Foi o protagonista da vitória do Corinthians por 2 a
0 sobre o Boca Juniors, no segundo jogo da final da Libertadores do ano
passado: não só por marcar dois gols, mas por reverter a catimba
argentina, provocando os zagueiros os adversários durante os 90 minutos.
Prestes a iniciar a disputa no mata-mata da competição continental, ele
assegurou que não tem qualquer preferência por adversário, embora
prefira não jogar contra brasileiros.
– No ano passado ganhamos a Libertadores sem escolher adversários.
Temos de trazer a experiência de 2012 para esse ano. Não quero nem
saber, que venha qualquer um. É lógico que é bom enfrentar os mais
fracos e não jogar contra brasileiros, mas não dá pra ficar escolhendo.
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