segunda-feira, 22 de abril de 2013

Corinthians bate Sorocaba e reedita duelo do ano passado com a Ponte

Os testes acabaram, os espaços para erros também. Os quase 25 mil pagantes que encheram o Pacaembu na tarde deste domingo querem ver um Corinthians combativo nas decisões do Campeonato Paulista e da Taça Libertadores. Mesmo mostrando pouco do espírito que levou o time às conquistas de 2012, o Corinthians fez 2 a 0 no Atlético Sorocaba com tranquilidade, classificou-se na quinta posição do estadual e tem duelo marcado com a Ponte Preta nas quartas de final, em data a ser divulgada nesta segunda-feira pela Federação Paulista. Será a reedição do duelo de 2012, quando a Macaca eliminou o Timão nesta mesma fase, com uma vitória por 3 a 2.
 
O jogo serviu mais para Tite testar um esquema com três atacantes – Emerson Sheik, Alexandre Pato e Guerrero começaram um jogo juntos pela primeira vez na temporada. Deu certo lá na frente, com boas trocas de passes e dois gols marcados no primeiro tempo. Na defesa, a marcação deixou um pouco a desejar, ficou mais frouxa no meio-campo. A tendência é que o técnico só utilize essa formação em casos pontuais.

A vitória levou o Corinthians aos 35 pontos, mesmo número do Palmeiras, mas com vantagem no saldo de gols. O Atlético Sorocaba, que apenas cumpria tabela, manteve os 19 pontos, com mais um ano garantido na elite do futebol paulista.

Além do confronto com a Ponte, o Corinthians terá na sequência o jogo de ida das oitavas de final da Taça Libertadores, contra o Boca Juniors, dia 1º de maio, em Buenos Aires.
Pato gol Corinthians Atlético Sorocaba (Foto: Mauro Horita / Ag. Estado) 
Pato festeja gol marcado contra o Atlético Sorocaba
 
Timão com novo esquema; Atlético fechado

O maior objetivo de Tite neste domingo era testar pela primeira vez a formação com Alexandre Pato, Guerrero e Emerson Sheik no ataque. O resultado veio, e o Timão matou o jogo no primeiro tempo, mas ainda houve ressalvas em relação à proteção defensiva com esse esquema mais insinuante.

A equipe começou estranha, errando muitos passes. Os três atacantes e o meia Danilo trocaram constantemente de posições, tentando confundir o ferrolho montado por Vágner Benazzi no Atlético Sorocaba. Lá atrás, o lado direito da defesa estava desprotegido: Alessandro levou um sufoco no início com os avanços de Carlinhos. No gol, Danilo Fernandes se complicou em bolas fáceis e assustou a torcida.

Aos poucos, o time foi se acertando. Mais organizado, o ataque teve Pato e Guerrero mais fixos, atraindo a marcação, e Danilo, Paulinho e Sheik fazendo praticamente uma linha de três armadores. A rápida troca de passes só foi dar resultado aos 34 minutos, com Guerrero saindo da área, atraindo a marcação e tocando para Danilo entrar livre e finalizar na saída de Felipe Alves: 1 a 0 Timão.

A partir daí, o jogo ficou mais leve, com o Atlético também tentando jogar futebol. O problema para a equipe do interior é que o Corinthians havia conseguido resgatar um pouco do espírito competitivo da Libertadores. O exemplo da pegada característica do time foi o esforço de Paulinho para invadir a área, se livrar da marcação e, mesmo bem marcado, acertar a trave de Felipe Alves aos 45 do primeiro tempo. No rebote, a bola caiu nos pés do iluminado Alexandre Pato: 2 a 0. Se o esquema ainda precisa de ajustes, ao menos o resultado veio sem tanta dificuldade.

Timão administra: foco no mata-mata

Com o jogo praticamente resolvido e poucas novidades na tabela, o grande barato da torcida corintiana era vibrar com qualquer lance – fosse um desarme mais duro de Ralf, fosse uma saída de gol da Danilo Fernandes, já mais confiante em relação ao primeiro tempo. As triangulações do ataque funcionaram melhor, mas nada que levasse a uma chance efetiva de gol.

Em um segundo tempo sonolento, a torcida corintiana só levantou a voz na hora das substituições – aplaudidos, Pato e Danilo deram lugar a Romarinho e Jorge Henrique. O Corinthians ficou mais rápido, dando-se ao luxo de esperar o Atlético Sorocaba e tentar aproveitar algum contra-ataque – no melhor deles, Sheik recebeu passe de Guerrero, saiu de frente para o gol, mas demorou demais para chutar.

A tarde de testes pode ser considerada positiva para o Timão, já que as variações táticas podem fazer a diferença nos momentos decisivos de Paulistão e Libertadores. Tite bateu nesta tecla durante toda a semana: a margem de erro tem de ser zero a partir de agora. Após três meses de “preparação”, o Corinthians, enfim, poderá provar se continua igual ou não àquele time que conquistou a América e o mundo em 2012.

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