Mário Gobbi diz Andrés terá seu voto caso se queira assumir a CBF
Na última segunda-feira pela manhã, Andrés Sanches, ex-presidente do
Corinthians e ex-diretor de seleções da CBF, admitiu que seu nome tem
sido discutido para uma candidatura à presidência do órgão que comanda o
futebol brasileiro, no ano que vem, e que depende do apoio de clubes e
federações. Horas depois, ganhou um voto antecipado, e de muito peso.
Mário Gobbi, presidente do Timão, afirmou que apoiar o amigo seria o
mínimo que o clube, atual campeão da Libertadores e mundial, poderia
fazer.
- Minha relação com José Maria Marín, enquanto presidente da CBF, e
Marco Polo Del Nero, presidente da FPF, é boa, tranquila, de
solidariedade. Mas se o Andrés vier a ser candidato, é claro que o voto
do Corinthians será dele. É o mínimo que podemos fazer, e tanto o Marín
quanto o Del Nero sabem disso porque sou muito transparente.
Gobbi foi nomeado por Andrés, então presidente do Corinthians, como
diretor de futebol, e ganhou força para, posteriormente, se candidatar e
se tornar o principal dirigente do clube. Recentemente, foi Gobbi quem
colocou o ex-chefe num cargo importante: o de coordenador de todos os
assuntos relacionados à Arena Corinthians, prevista para ser concluída
em dezembro, e palco da abertura da Copa do Mundo de 2014.
O atual presidente alvinegro diz que Andrés é o “pai do estádio”, e
gostaria de vê-lo cortar a fita e dar o pontapé inicial do jogo de
inauguração da casa do Timão. É ele quem comanda as negociações para
liberação de recursos do BNDES, da venda dos CID (Certificado de
Incentivo ao Desenvolvimento), que vão gerar boa parte da receita do
estádio, e também dos naming rights - direito que uma empresa tem de
"batizar" o estádio por um período estipulado em contrato, prática comum
na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Recentemente, Andrés afirmou
que negocia com três empresas. Nesta segunda, Gobbi não detalhou quantas
são as possibilidades, mas não desmentiu o amigo.
- Ele é o pai, se ele disse...
Andrés Sanches ainda não admitiu que será postulante à presidência da
CBF, mas não esconde que trabalha contra a candidatura de Del Nero,
principal vice e favorito a suceder Marín no comando da entidade. A
relação entre os dois ficou péssima após a passagem de Andrés pelo cargo
de diretor de seleções. O rompimento se deu quando os chefes decidiram
demitir Mano Menezes e contrataram Luiz Felipe Scolari sem o aval do
diretor, mas antes já não se entendiam bem.
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