Emerson e Caruzzo, no Corinthians x Boca Juniors de 2012
Por essa, Emerson
Sheik não esperava. Após infernizar o zagueiro Caruzzo na decisão da
Taça Libertadores do ano passado, o atacante corintiano não imaginava
reencontrar o inimigo tão rapidamente. Menos de um ano depois da troca
de “gentilezas” entre os rivais no Pacaembu, o corintiano e o jogador do
Boca Juniors vão travar novo duelo nesta quarta-feira, em La Bombonera,
pelo primeiro jogo das oitavas de final da competição internacional.
- Foi sem querer a mordida. Mas agora é outro jogo. Não tem nenhum
outro tipo de sentimento - disse Sheik, no embarque do time para a
Argentina, nesta segunda-feira.
Questionado se voltaria morder Caruzzo, Emerson disse:
- Faço tudo o que precisar para vencer.
Caruzzo continua como titular da defesa do Boca, enquanto Sheik se
consolidou após um período de altos e baixos e retomou seu espaço na
equipe de Tite – deixando até Alexandre Pato no banco de reservas. Por
isso, o reencontro deve mesmo ocorrer. Nenhum dos dois lados falou sobre
o caso, nem criou polêmica. Por enquanto, ficam os resquícios de 2012.
Faço tudo o
que precisar para vencer"
Emerson Sheik
Na época, o duelo caminhava com tranquilidade até Sheik marcar os dois
gols que deram o título da Libertadores ao Corinthians. O atacante
alvinegro alegou que levou duas cusparadas de Caruzzo e teve de
responder na mesma moeda – ainda que de forma inusitada. Em uma disputa
de bola, Sheik mordeu a mão do rival.
– A ideia era que fosse um duelo honesto, mas por duas vezes ele cuspiu
em mim. Eu pensei: “Como vou matar esse cara?”. Não poderia dar um
soco, perder a cabeça. Fiz ele provar do próprio veneno. Eles
(argentinos) gostam de fazer isso, e fiz com eles – disse Emerson, logo
após aquela decisão.
Por várias vezes, o confronto chegou a ficar cômico. Com a vantagem do
Timão no placar, Sheik se soltou e passou a provocar Caruzzo. A cada
dividida mais dura, o corintiano se levantava e gesticulava como se
estivesse tremendo de medo do rival. A disputa ainda rendeu um apelido
do corintiano ao “amigo”.
– Eu só falava “boludo” (idiota) porque achava bonita a palavra (risos).
Ele só não imaginava que teria de encontrar Caruzzo tão cedo. Desta
vez, porém, ele terá nomes como Guerrero e Romarinho para dividir as
atenções em La Bombonera.
Emerson morde braço de Caruzzo
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