terça-feira, 30 de abril de 2013

De volta, Cássio vive recomeço em fase idêntica à do Timão de 2012

cassio corinthians (Foto: Gustavo Serbonchini) 
Cássio, do Corinthians
 
Primeiro jogo das oitavas de final da Taça Libertadores. Escondido até então, o goleiro Cássio sai do papel de coadjuvante e passa a ser fundamental na conquista continental do Corinthians. O filme que o goleiro alvinegro viveu no ano passado pode se repetir a partir desta quarta-feira, quando o Timão enfrenta o Boca Juniors, às 22h (horário de Brasília), em La Bombonera. Voltando de lesão, Cássio espera, enfim, “começar” seu ano de 2013.

Se no ano passado a luta era apenas para se firmar entre os titulares, desta vez é para driblar as lesões e não desfalcar o Corinthians nos momentos mais importantes da temporada. Em quatro meses, Cássio passou por quatro problemas diferentes – bursite no ombro esquerdo, lesão muscular na coxa esquerda, um problema no quadril, e a fratura recém-curada no punho esquerdo.

Cássio participou de apenas dez dos 26 jogos do Corinthians na temporada, menos do que seu reserva Danilo Fernandes – 12 partidas. Por isso, o retorno no duelo com o Boca é encarado como um recomeço.

– Não é um problema a falta de ritmo. Quando entrei contra o Emelec não tinha jogado e acabei indo bem. Essa parada foi boa para mim, pude fazer a pré-temporada que não fiz no começo do ano – disse o jogador, no hotel do Timão, em Buenos Aires.

– Cada volta minha é encarada assim, esse ano demorei para entrar no ritmo, mas espero engrenar e ajudar o Corinthians como consegui fazer ano passado.

A situação é parecida com a de 2012. Exatamente no início das oitavas da Libertadores, ele foi chamado na “fogueira” para substituir Julio Cesar e fechou o gol no empate sem gols contra o Emelec, no Equador. A partir dali, Cássio ganhou crédito e não decepcionou até o fim da competição continental – a defesa mais lembrada, claro, é a de chute de Diego Souza na vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, no Pacaembu.

Desde então, Cássio se tornou ídolo e foi herói também na disputa do Mundial de Clubes, com grandes defesas diante do Chelsea – eleito, inclusive, o melhor em campo na decisão. No entanto, as lesões impediram que o goleiro mantivesse o nível em 2013. Chateado, ele espera compensar o tempo perdido a partir do confronto com o Boca.

Com o goleiro de volta, o Corinthians busca ter o mesmo desempenho que o levou ao título do ano passado. Nos oito jogos de mata-mata de 2012, Cássio sofreu apenas dois gols. Se a performance for parecida, as chances de bicampeonato da América ficam maiores.

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