terça-feira, 16 de abril de 2013

Sondado pela Inter de Milão, Tite pode 'recuperar imagem' dos técnicos brasileiros na Europa

Tite - Treino do Corinthians (Foto: Ari Ferreira/Lancepress!)


Sondado pela Inter de Milão (ITA), Tite pode ter a oportunidade de provar fora do país o atual valor dos técnicos brasileiros e, de quebra, apagar a "imagem arranhada" deixada pelos últimos compatriotas renomados que dirigiram, sem sucesso, grandes equipes do futebol europeu.
 
Campeão da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa com o Corinthians em 2012, o treinador alvinegro tem moral (e números - 221 jogos, 114 vitórias, 64 empates e 43 derrotas no comando do Timão) de sobra para chegar ao Velho Continente para realizar um bom trabalho. Mas quem garante que uma eventual história do gaúcho de Caxias do Sul na Europa não tenha o mesmo de final de Felipão, Luxemburgo e Parreira?

Atual comandante da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari fracassou no comando do Chelsea (ING), na temporada 2008/09. Mesmo respaldado pelo ótimo trabalho à frente da seleção de Portugal (2003/2008), o pentacampeão mundial com o Brasil não conseguiu uma sequência de bons resultados e perdeu para os principais rivais ingleses (Manchester United e Liverpool, principalmente). Para piorar, ele não conseguiu administrar o relacionamento com os líderes do time, entre eles, Petr Cech, John Terry e Frank Lampard.

Vida fácil também não teve Vanderlei Luxemburgo no Real Madrid (ESP), em 2005. Apesar de ter nas mãos um elenco galáctico, com Casillas, Roberto Carlos, Zidane, Beckham, Raúl, Ronaldo e Robinho, o treinador, hoje no Grêmio, não obteve sucesso. Sem títulos na temporada 2005/06, ele acabou demitido pelo presidente Florentino Pérez.

Parreira, Luxemburgo e Felipão fracassaram na Europa (Fotos: AFP)
Outro que não conseguiu chamar a atenção na Espanha foi o tetracampeão mundial Carlos Alberto Parreira. Logo após a Copa do Mundo de 1994, o treinador assumiu o comando do Valencia (ESP). Porém, o atual coordenador da Seleção Brasileira nem chegou a terminar o campeonato espanhol no comando do time. Mas há males que vêm para o bem, não? Em seguida, ele foi para o Fenerbahce (TUR), e sagrou-se campeão na temporada 1995/96, tirando o time de uma fila de sete anos.

Além de Parreira, Zico também teve sucesso no Fenerbahce (TUR). O maior ídolo da história do Flamengo chegou ao clube turco em 2006, após boa passagem pela seleção do Japão. Na Turquia, conquistou o Campeonato Turco e a Supercopa da Turquia, em 2006/07. Para fechar o ótimo trabalho no time liderado pelo meia brasileiro Alex, o Galinho de Quintino levou a equipe às quartas da Liga dos Campeões 2007/08 (melhor campanha do time na história da competição). Além do Fenerbahce (TUR), ele ainda treinou - sem grandes resultados - o CSKA (RUS) e o Olympiakos (GRE).

Zico deixou saudades no torcedores do Fenerbahce, da Turquia (Foto: Divulgação)
 
Atual campeão brasileiro com o Fluminense, Abel Braga teve passagem pífia pelo Olympique de Marselha (FRA), em 2000. Se Abel não teve êxito na França, o mesmo não pode ser dito de Ricardo Gomes. Depois de uma passagem vencedora pelo Paris Saint-Germain, entre 1996 e 1998, onde conquistou um Campeonato Francês e uma Copa da França, o atual diretor-técnico do Vasco ainda dirigiu e obteve números expressivos no Bordeaux (2005/2007) e no Mônaco (2008/2009).

E, por falar em Vasco, Paulo Autuori também teve seus dias de glórias na Europa. Mas sob o comando de times sem grande expressão. Em Portugal, ele levou o Nacional da Ilha da Madeira para a primeira divisão no fim da década de 80. Nos anos seguintes, ainda treinou Vitória de Guimarães, Marítimo e Benfica, mas não conquistou títulos.

Lancenet!

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