Sondado pela Inter de Milão (ITA),
Tite pode ter a oportunidade de provar fora do país o atual valor dos
técnicos brasileiros e, de quebra, apagar a "imagem arranhada" deixada
pelos últimos compatriotas renomados que dirigiram, sem sucesso, grandes
equipes do futebol europeu.
Campeão da Copa Libertadores e do
Mundial de Clubes da Fifa com o Corinthians em 2012, o treinador
alvinegro tem moral (e números - 221 jogos, 114 vitórias, 64 empates e
43 derrotas no comando do Timão) de sobra para chegar ao Velho
Continente para realizar um bom trabalho. Mas quem garante que uma
eventual história do gaúcho de Caxias do Sul na Europa não tenha o mesmo
de final de Felipão, Luxemburgo e Parreira?
Atual comandante
da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari fracassou no comando do
Chelsea (ING), na temporada 2008/09. Mesmo respaldado pelo ótimo
trabalho à frente da seleção de Portugal (2003/2008), o pentacampeão
mundial com o Brasil não conseguiu uma sequência de bons resultados e
perdeu para os principais rivais ingleses (Manchester United e
Liverpool, principalmente). Para piorar, ele não conseguiu administrar o
relacionamento com os líderes do time, entre eles, Petr Cech, John
Terry e Frank Lampard.
Vida fácil também não teve Vanderlei
Luxemburgo no Real Madrid (ESP), em 2005. Apesar de ter nas mãos um
elenco galáctico, com Casillas, Roberto Carlos, Zidane, Beckham, Raúl,
Ronaldo e Robinho, o treinador, hoje no Grêmio, não obteve sucesso. Sem
títulos na temporada 2005/06, ele acabou demitido pelo presidente
Florentino Pérez.
Parreira, Luxemburgo e Felipão fracassaram na Europa (Fotos: AFP) |
Outro
que não conseguiu chamar a atenção na Espanha foi o tetracampeão
mundial Carlos Alberto Parreira. Logo após a Copa do Mundo de 1994, o
treinador assumiu o comando do Valencia (ESP). Porém, o atual
coordenador da Seleção Brasileira nem chegou a terminar o campeonato
espanhol no comando do time. Mas há males que vêm para o bem, não? Em
seguida, ele foi para o Fenerbahce (TUR), e sagrou-se campeão na
temporada 1995/96, tirando o time de uma fila de sete anos.
Além
de Parreira, Zico também teve sucesso no Fenerbahce (TUR). O maior ídolo
da história do Flamengo chegou ao clube turco em 2006, após boa
passagem pela seleção do Japão. Na Turquia, conquistou o Campeonato
Turco e a Supercopa da Turquia, em 2006/07. Para fechar o ótimo trabalho
no time liderado pelo meia brasileiro Alex, o Galinho de Quintino levou
a equipe às quartas da Liga dos Campeões 2007/08 (melhor campanha do
time na história da competição). Além do Fenerbahce (TUR), ele ainda
treinou - sem grandes resultados - o CSKA (RUS) e o Olympiakos (GRE).
Zico deixou saudades no torcedores do Fenerbahce, da Turquia (Foto: Divulgação) |
Atual
campeão brasileiro com o Fluminense, Abel Braga teve passagem pífia
pelo Olympique de Marselha (FRA), em 2000. Se Abel não teve êxito na
França, o mesmo não pode ser dito de Ricardo Gomes. Depois de uma
passagem vencedora pelo Paris Saint-Germain, entre 1996 e 1998, onde
conquistou um Campeonato Francês e uma Copa da França, o atual
diretor-técnico do Vasco ainda dirigiu e obteve números expressivos no
Bordeaux (2005/2007) e no Mônaco (2008/2009).
E, por falar em
Vasco, Paulo Autuori também teve seus dias de glórias na Europa. Mas sob
o comando de times sem grande expressão. Em Portugal, ele levou o
Nacional da Ilha da Madeira para a primeira divisão no fim da década de
80. Nos anos seguintes, ainda treinou Vitória de Guimarães, Marítimo e
Benfica, mas não conquistou títulos.
Lancenet!
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