
Tite não teme lesões: 'Tenho de pagar o preço'
A lesão de Emerson Sheik às vésperas do Mundial de Clubes foi um susto
para grande parte da torcida corintiana, mas não para o técnico Tite.
Nas últimas seis rodadas do Brasileirão, o treinador pretende usar
força máxima dentre os atletas à disposição, para chegar com ritmo de
jogo e espírito competitivo no Japão, em dezembro. A possibilidade de
novas lesões, segundo o comandante, é um risco necessário a se correr.
Contra Cruzeiro e Bahia, Ralf, Paulinho, Fábio Santos e Alessandro
foram os últimos jogadores a receberem folga da comissão técnica. Apesar
de atingir a zona de conforto no Brasileirão, livre do rebaixamento, os
últimos jogos (a partir do duelo contra o Vasco, no dia 27) vão servir
para acertar os últimos detalhes antes da competição, prioridade após o
título da Libertadores. Pedir para “tirar o pé” nas dividas, por
exemplo, está fora de cogitação para Tite.
- Apressamos o processo para atingir a zona de segurança no Brasileiro,
mas para acionar o gatilho de preparação para o Mundial. Se deixar de
competir vai perder o jogo. É inevitável alguém machucar, é do jogo. Se
tirar o pé, treinar sem intensidade, inevitavelmente vai perder. Se não
competir, perde. Se não treinar com intensidade, perde. Corro risco de
perder atleta? Tenho de pagar o preço - declarou Tite.
- Agora é momento de dar folgas, para esses três jogos (Portuguesa,
Cruzeiro e Bahia). Para ter, nos últimos seis, cobrança, exigência e
todo o plantel à disposição. Essas situações pontuais acabaram agora.
Vamos ter um volume de trabalho. Os últimos seis jogos são para crescer
na tabela, dar ritmo, entrosamento, intensidade. E correr risco de
machucar... Não dá para tirar o pé - completou.
Logo no primeiro minuto de jogo contra a Portuguesa, Sheik levou uma
pancada no tornozelo que afetou o joelho - o atacante tentou continuar
em campo, mas não aguentou e saiu antes do intervalo. Após exames, um
estiramento no ligamento colateral medial do joelho direito foi
detectado, e ele só deve voltar a campo na segunda metade de novembro.
- Por isso preparamos toda a equipe. E se (a lesão) fosse no último
jogo antes do Mundial? Acidentes são inevitáveis. Acontece, às vezes até
nos treinamentos. O que procuro é dar as melhores condições de
intensidade nos trabalhos de cada um. Não tem dois caminhos. Pedir para
tirar o pé foge de tudo que já trabalhamos até hoje - disse Tite.
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