terça-feira, 16 de outubro de 2012

Apesar de susto com Sheik, Tite promete força máxima na reta final

Tite no treino do Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians) 
Tite não teme lesões: 'Tenho de pagar o preço'
 
A lesão de Emerson Sheik às vésperas do Mundial de Clubes foi um susto para grande parte da torcida corintiana, mas não para o técnico Tite. Nas últimas seis rodadas do Brasileirão, o treinador pretende usar força máxima dentre os atletas à disposição, para chegar com ritmo de jogo e espírito competitivo no Japão, em dezembro. A possibilidade de novas lesões, segundo o comandante, é um risco necessário a se correr.

Contra Cruzeiro e Bahia, Ralf, Paulinho, Fábio Santos e Alessandro foram os últimos jogadores a receberem folga da comissão técnica. Apesar de atingir a zona de conforto no Brasileirão, livre do rebaixamento, os últimos jogos (a partir do duelo contra o Vasco, no dia 27) vão servir para acertar os últimos detalhes antes da competição, prioridade após o título da Libertadores. Pedir para “tirar o pé” nas dividas, por exemplo, está fora de cogitação para Tite.

- Apressamos o processo para atingir a zona de segurança no Brasileiro, mas para acionar o gatilho de preparação para o Mundial. Se deixar de competir vai perder o jogo. É inevitável alguém machucar, é do jogo. Se tirar o pé, treinar sem intensidade, inevitavelmente vai perder. Se não competir, perde. Se não treinar com intensidade, perde. Corro risco de perder atleta? Tenho de pagar o preço - declarou Tite.

- Agora é momento de dar folgas, para esses três jogos (Portuguesa, Cruzeiro e Bahia). Para ter, nos últimos seis, cobrança, exigência e todo o plantel à disposição. Essas situações pontuais acabaram agora. Vamos ter um volume de trabalho. Os últimos seis jogos são para crescer na tabela, dar ritmo, entrosamento, intensidade. E correr risco de machucar... Não dá para tirar o pé - completou.

Logo no primeiro minuto de jogo contra a Portuguesa, Sheik levou uma pancada no tornozelo que afetou o joelho - o atacante tentou continuar em campo, mas não aguentou e saiu antes do intervalo. Após exames, um estiramento no ligamento colateral medial do joelho direito foi detectado, e ele só deve voltar a campo na segunda metade de novembro.

- Por isso preparamos toda a equipe. E se (a lesão) fosse no último jogo antes do Mundial? Acidentes são inevitáveis. Acontece, às vezes até nos treinamentos. O que procuro é dar as melhores condições de intensidade nos trabalhos de cada um. Não tem dois caminhos. Pedir para tirar o pé foge de tudo que já trabalhamos até hoje - disse Tite.

Nenhum comentário:

Postar um comentário