No mundo perfeito do técnico Tite, as seis últimas rodadas do
Campeonato Brasileiro servirão para intensificar a disputa por posições,
encorpar a equipe e decidir quem serão os titulares do Corinthians no
Mundial de Clubes. Entretanto, os dois favoritos às vagas no ataque
podem sofrer com a falta de entrosamento. Emerson e Paolo Guerrero ainda não atuaram juntos e continuarão afastados por, pelo menos, mais duas semanas.
O treinador não confirma a escalação ideal, mas sempre deu a entender
que gostaria de fazer o Timão jogar com um centroavante novamente.
Guerrero é o único com essas características no elenco e larga na frente
também pela experiência internacional após dez anos na Alemanha. Sheik é
quase um intocável depois de ser fundamental na campanha do título da
Libertadores, marcando um gol nas semifinais, diante do Santos, e outros
dois na final, contra o Boca Juniors, da Argentina.
Guerrero Emerson ainda não atuaram juntos no Timão
O problema está em colocá-los em ação juntos. O peruano foi contratado
logo após o torneio sul-americano e estreou no dia 25 de julho, contra o
Cruzeiro, no Pacaembu, entrando justamente no lugar de Emerson. Depois
disso, quando um atuou, o outro se ausentou. Melhor para Romarinho, que
passou a jogar frequentemente, ganhou espaço e colocou uma dúvida na
cabeça do treinador.
Badalado por ter sido o artilheiro da última Copa América, Guerrero
teve problemas para engatar uma sequência de partidas. Ídolo e
referência na seleção peruana, o grandalhão foi convocado seguidas vezes
para atuar nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014 e desfalcou o
Timão. De quebra, ainda sofreu lesões nos dois tornozelos. Foram dez
partidas e dois gols.
A formação está montada (no esquema) 4-2-3-1, que pode variar para o
4-1-4-1. Pode ser com dois meias ou dois jogadores de velocidade ou um
pivô..."
Tite
A frequência de Emerson em campo após a Libertadores foi idêntica. O
atacante só foi em escalado em dez das 26 partidas possíveis. Antes de
ser suspenso por cinco partidas pelo STJD por ofender o árbitro Péricles
Bassols, teve uma lesão no tornozelo esquerdo. Na semana passada,
diante da Portuguesa, sofreu um problema no joelho direito e deve
precisar de mais duas semanas para se recuperar.
O período de recuperação, aliás, só atrapalhará as tentativas de Tite.
Sheik deve atuar novamente no dia 4 de novembro, contra o Atlético-GO,
no Serra Dourada. Assim, restarão apenas cinco partidas para o treinador
encontrar a formação ideal. Sem ele, Romarinho continuará na vaga
aberto pelo lado esquerdo na linha de três entre o meio o ataque, com
Douglas e Danilo – Guerrero fica mais avançado.
– A equipe vai se mostrar em campo. São pequenos ajustes. A formação
está montada (no esquema) 4-2-3-1, que pode variar para o 4-1-4-1. Pode
ser com dois meias ou dois jogadores de velocidade ou um pivô... –
desconversou o comandante.
Opções não faltam para Tite no setor ofensivo. Além de Emerson,
Guerrero e Romarinho, ele conta com Martinez, outro reforço
pós-Libertadores, e Jorge Henrique, decisivo no torneio sul-americano,
mas que perdeu um longo período no segundo semestre em virtude de
lesões.
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