Lucas vai defender o PSG
O Corinthians quer participar da partilha dos milhões de reais que o São Paulo receberá com a venda do meia-atacante Lucas
para o Paris Saint-Germain, da França. O Timão se apressa para reunir
documentos e comprovar que foi um dos clubes formadores do jogador e,
assim, receber uma fatia da maior negociação da história do futebol
brasileiro - mais de R$ 108 milhões.
- Estamos fazendo um levantamento para saber o período em que ele jogou
aqui. Se for direito do Corinthians, vamos atrás disso. É fato que ele
se formou aqui, não tenha dúvida – afirmou o diretor jurídico do Timão,
Luiz Alberto Buassab.
De acordo com as normas da Fifa, o clube formador tem direito a 5% de
uma negociação internacional caso o atleta tenha atuado na agremiação
dos 12 aos 23 anos. Lucas chegou ao Parque São Jorge com dez e saiu
antes de completar 14, o que o vincula ao Timão por somente um ano e
quatro meses. Com base nisso, o Alvinegro teria direito a 0,26% do
valor, cerca de R$ 280 mil.
A disputa, porém, promete ser intensa. O departamento jurídico do São
Paulo não concorda com a intenção corintiana de receber parte da
transação. O clube alega que Lucas nunca foi registrado pelo Alvinegro
na Federação Paulista de Futebol para competições amadoras.
É exatamente isso que o Corinthians caça em seus arquivos para
comprovar à Fifa. O clube tem em mãos registros do meia-atacante em
torneios da Associação Paulista de Futebol, não reconhecida pela Fifa.
No entanto, precisa de documentos vinculados à FPF.
- Na época, ele atuou em um campeonato da Associação. Estamos
levantando registros dele na Federação também. Se for direito, vamos
atrás. Quem fala se temos direitos é a Fifa e não o São Paulo –
acrescentou Bussab.
A briga pelo dinheiro se arrastará até o fim do ano. Como Lucas só se
apresentará ao PSG em janeiro, a Fifa só decidirá quem ficará com o
valor quando toda a documentação chegar à França.
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